Apesar de crise na Semed e greve, algumas escolas mantêm as aulas

Sisem afirma que 90% das escolas pararam

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Sisem afirma que 90% das escolas pararam

Mesmo com a crise que culminou na paralisação de servidores administrativos e a demissão de Ângela Brito, nomeada como chefe da Semed (Secretaria Municipal de Educação), na gestão do Prefeito Gilmar Olarte (PP), e do secretário adjunto, Osvaldo Ramos, algumas escolas municipais permanecem funcionando.

A greve teve início nesta segunda-feira (4). Conforme o presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais de Campo Grande), Marcos Tabosa, 90% das escolas aderiram à paralisação que inclui monitores, bibliotecários, auxiliares de serviços diversos, auxiliares de secretaria e merendeiras.

Nesse domingo (3), um dia antes da paralisação, Ângela Brito e o adjunto da Semed pediram demissão do cargo. Segundo a ex-secretária de Educação, a decisão foi tomada em conjunto e foi motivada pelos cortes na Prefeitura, que teriam inviabilizado projetos e desmotivado equipes e gestores.

Apesar da estimativa de paralisação feita pelo Sisem, algumas escolas permanecem funcionando. Este é o caso das escolas municipais João Evangelista Vieira de Almeida, no Santo Amaro; Professor Luis Antonio de Sá Carvalho, na Vila Célia e Professor Plínio Mendes dos Santos, no Bairro Guanandi.

A pedagoga, Cleunice Cabral, de 35 anos, tem uma filha adolescente, de 13 anos, que cursa o 8º ano em uma escola municipal. Ela afirma que a paralisação atrapalha o aprendizado do aluno.

“Prejudica porque as escolas já começam o ano letivo atrasadas em vista das instituições privadas e sem contar que depois falam que vão repor, mas isso não é verdade, acabam dando trabalho para os alunos fazer em casa. Com isso, o estudante é o único prejudicado porque o professor já tem sua formação”, destaca.

A dona de casa, Dayane Stephanie de Sousa Almeida, de 24 anos, tem um filho de 4 anos, matriculado na pré-escola. Ela ressalta que a paralisação também interfere na rotina dos pais. “É complicado porque muitos pais dependem de deixar os filhos na escola para que possam trabalhar”, observa.

Uma mãe, que preferiu não se identificar, entrou em contato com o Jornal Midiamax, para reclamar do funcionamento das escolas, onde alguns servidores aderiram à greve. “Onde o meu filho estuda, a diretora não dispensou os alunos. Como eles podem estudar sem ninguém para fazer a merenda ou limpar o lugar?”, questiona.

Apesar da declaração do presidente do Sisem, sobre a quantidade de escolas que aderiram à paralisação, a informação oficial dada pela assessoria de comunicação da Prefeitura é de que até o momento não há um levantamento sobre a quantidade de escolas em greve.

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