Apesar de ciclovias precárias, uso de bicicleta aumenta em Campo Grande

Capital de MS tem 72 quilômetros de ciclovias

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Capital de MS tem 72 quilômetros de ciclovias

A quantidade de ciclistas tem aumentado em todo o Estado e principalmente em Campo Grande, que conta com mais de 72 quilômetros de ciclovias. A estimativa é de que nos últimos três anos, o número de adeptos, não apenas do esporte, mas também do uso de bicicleta como meio de locomoção, cresceu em torno de 80%.

Segundo o presidente da Federação de Mato Grosso do Sul de Ciclismo, Carlos César Gimenes, um levantamento feito e apresentado ao BPTran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito) revela que apenas em Campo Grande, ao menos 2 mil pessoas utilizam as bicicletas.

Gimenes explica que o número engloba, não apenas esportistas, que chegam a 200 atletas profissionais, como também adeptos do esporte que usam as bicicletas nos momentos de lazer, e os que preferem as ‘magrelas’ como meio de locomoção.

“O número de ciclistas cresceu muito principalmente em Campo Grande e isso do ano passado (2014) para este (2015)”, observa. Em todo o Estado ao menos 30 grupos, com cerca de 60 pessoas, entre profissionais e amadores, se reúnem para os passeios de bicicleta.

Com um número considerável de ciclistas nos grupos, é necessário que hajam de quatro a cinco líderes que ficam responsáveis por orientar os demais. “Eles usam os coletes refletivos e ficam na frente para conduzir os outros e auxiliar em relação ao trânsito. Para pedalar assim é importante que cada um esteja equipado com o capacete”, frisa.

Ciclista desde criança, Gilmar Elias Batista Júnior, de 21 anos, participa de várias competições e destaca os benefícios do esporte. “O ciclismo diferentemente de outros esportes trabalha vários órgãos e tem menos atrito e riscos. Pedalar ajuda muito na saúde e no bem-estar, sem contar que proporciona  sensação de liberdade”, ressalta.

Além de falar sobre os benefícios do esporte, o ciclista pontua alguns problemas constatados por quem pedala pelas ruas de Campo Grande. “As ciclovias têm um tamanho muito bom, mas têm algumas imperfeições na pista que atrapalham quem pratica o esporte e até mesmo quem usa a bicicleta apenas para lazer porque provoca impactos sequenciados. Além disso existem algumas valas no cruzamento que dificultam a travessia”, observa.

Outro ponto destacado pela maioria dos ciclistas é o risco de descarga elétrica, provocado pelos linhões de distribuição de energia que passam por cima do canteiro da Avenida Guaicurus, em Campo Grande. O problema chegou a travar o projeto de ciclovia no local.

Em abril deste ano, o secretário da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Valtemir de Brito, disse em entrevista ao Jornal Midiamax que a construção de ciclovia na Guaicurus é inviável por conta do campo eletromagnético do local.

Na ocasião, o vereador Eduardo Romero disse que foram apresentadas três propostas ao Município, como forma de solucionar a questão. A primeira seria a mudança dos linhões, além disso, ele sugere reservar uma faixa apenas para os ciclista ou fazer uma ciclovia nas ruas paralelas a Guaicurus.

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura para falar a respeito do assunto, no entanto, as informações a respeito estão sendo apuradas.

Ciclovias – Os 72,67 quilômetros de ciclovias ficam em diferentes pontos de Campo Grande e contam com 13,05 quilômetros de ciclofaixas. Na Avenida Coronel Antonino, entre a Avenida Rodoviária até a Rotatória do Anel Rodoviário são 4,93 quilômetros. Na Avenida dos Cafezais são 2,41 quilômetros de extensão que seguem da Avenida Gury Marques até a Rua Patrocínio. Na Avenida Sólon Padilha são 5,4 quilômetros da Vila Popular ao Indubrasil. Na Ponte Lago do amor são 0,31 quilômetros.

Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura estão previstas as construções de mais 6,80 quilômetros de ciclovias na Orla Morena, com 2,20 quilômetros de extensão entre a Rua Plutão até a Avenida Mato Grosso e outra no Parque Linerar Córrego Bálsamo. Além disso, também há projeto de uma ciclofaixa de 4 quilômetros que deve ligar a Vila Popular ao Aeroporto Internacional de Campo Grande.

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