Em 11 horas, chuva causou transtornos a moradores de Corumbá

Após a chuva dar uma trégua na tarde desta terça-feira, 06 de maio, em Corumbá, moradores fizeram a limpeza das casas que foram invadidas pela água. A chuva durou cerca de nove horas – começou na madrugada e parou somente às 14 horas – e muitas casas foram inundadas causando prejuízos aos moradores. Em onze […]

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Após a chuva dar uma trégua na tarde desta terça-feira, 06 de maio, em Corumbá, moradores fizeram a limpeza das casas que foram invadidas pela água. A chuva durou cerca de nove horas – começou na madrugada e parou somente às 14 horas – e muitas casas foram inundadas causando prejuízos aos moradores. Em onze horas, a precipitação na cidade foi de 59,2 milímetros.

No bairro Popular Nova, duas famílias tiveram que arregaçar as mangas para limpar a casa. Houve quem contou com ajuda dos vizinhos. “O prejuízo é grande, não só material. A gente tem que correr atrás, não podemos viver assim. Meu filho estava dormindo e acordou assustado com a água, ele até filmou a situação que enfrentamos. Agora que a chuva deu um tempo, nos juntamos para limpar. É difícil, toda vez que chove, acordamos no meio da água, no meio do pântano. E o principal é que nós queremos saber quem é o dono desse terreno ao lado para podermos melhorar, jogar um aterro, porque quem sofre somos nós”, disse Juliene Aparecida Benito Martins ao Diário Corumbaense.

“Hoje foi a primeira vez que isso aconteceu, da outra vez choveu, mas não foi assim tanto. A água chegou à metade da parede naquela marca lá, agora que diminuiu um pouco. Perdi o armário de cozinha, guarda-roupas, geladeira também queimou e só não perdi o resto porque deu tempo de levantar. Aqui moramos minha esposa, minha filha e eu. Estamos na limpeza, os vizinhos ajudaram também e disseram que se quiséssemos guardar as coisas na casa deles, eles ajudariam”, contou Jean Carlos da Silva.

Já no bairro Aeroporto, ruas alagaram e famílias ficaram ilhadas dentro de casa. Crianças não puderam nem ir à escola porque não tinham como sair. “A água desce e alaga tudo, entra na minha casa e acaba com meus móveis. Tive até que fazer aberturas na rua para a água poder escorrer. Tinha que ser feito uma canaleta para a água descer pela alameda”, afirmou Manoel Osvaldo Magalhães.

Na mesma alameda, Zuleide Moraes não teve como mandar seus netos para a escola por estar ilhada dentro de casa. “Em dia de chuva não tem condições de sair de casa, as crianças faltaram aula hoje porque não teve condições de sair daqui, tem quatro anos que eu moro aqui e a gente passa por isso direto. Toda vez que chove a gente passa pelo mesmo problema”, explicou a senhora.

Infraestrutura

“Todas as esquipes da Secretaria Municipal de Infraestrutura percorreram as ruas desde cedo. A Defesa Civil esteve em ação naquelas situações pontuais e críticas. Os mais afetados foram Cristo Redentor e Cravo Vermelho que são casas em locais mais baixos. O sistema de drenagem desses bairros é o mais critico, onde a manilha estava obstruída, ou seja, represando essa água”, disse Gerson da Costa Melo, secretário municipal de Infraestrutura. “O grande problema foi o estrangulamento do sistema de drenagem Cravo/Cristo. Nos outros bairros como Maria Leite e Jardim dos Estados, houve alguns transtornos em via. No Aeroporto, houve inundações e foi feita a limpeza para desobstruções. Estamos atentos e de plantão juntamente com a equipe da Defesa Civil”, explicou o secretário.

Gerson Melo destacou a necessidade de apoio da população. “Encontramos muitos pontos isolados que estavam sujos. Pedimos à população que ajude e não jogue nas drenagens, lixo, galhos e troncos, pois isso vai para o sistema e entra numa dessas manilhas e acaba prejudicando a própria população”, orientou.

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