Dia das Crianças é festejado com brincadeiras e presentes em bairros carentes da Capital

A fila para cama elástica e touro mecânico era grande na tarde deste domingo de Dia das Crianças, assim como a para pegar o presente, na associação de moradores do Bairro Dalva de Oliveira, em Campo Grande.

O Dia das Crianças do bairro e de regiões próximas foi comemorado com uma festa completa com direito a brincadeiras e presentes para os pequenos. “Nosso bairro é carente e violento. Nunca teve um projeto social aqui, então essa é uma oportunidade das crianças terem algo assim”, explica o presidente da associação de moradores, Cleberson Silveira Ferreira, 27 anos.

Tem gente que, mesmo com a distância, fez questão de trazer os filhos para passar o dia na associação. “É muito importante um evento como este, vim para distrair e trazer meus filhos para brincarem”, afirma a dona de casa Priscila Mendes, 30 anos. Ela tem dois filhos de 5 e 7 anos e mora no Jardim Noroeste.

Assim como para Priscila, a distância não foi empecilho para a diarista Telma da Silva, 35 anos, que trouxe seus filhos de 5 e 13 anos. Com poucas condições financeiras, diz, essa foi uma oportunidade de não deixar o dia passar em branco. “Não temos muitas condições, então é bom, não é sempre que temos este tipo de evento”.

Esta é a terceira edição da festa comemorativa do Dia das Crianças, quem mantém o formato – com brincadeiras e entrega de presentes. Neste ano, a festa atendeu  600 crianças. “Se não tivesse um evento gratuito provavelmente ficaria em casa. É muito bom”, pontuou a diarista Daniela Oliveira, 27 anos. Para festa, ela levou seus três filhos.

Também foi promovida uma festa para as crianças no Bairro Jardim Botafogo, na Capital. Assim como no Bairro Dalva de Oliveira, estão sendo oferecidas brincadeiras e brinquedos para os pequenos.

Referência

Para Cleberson, presidente da associação, a entrega de presentes e brincadeiras representa muito mais que uma festa, mas uma referência diferente para crianças acostumadas com a violência da região.

“Aqui nunca teve projeto social, político só vem em época de campanha. As crianças cresciam sendo inimigas de outras de outros bairros, sei disso pois vivi isso. Então, o objetivo é unir as pessoas com as festas e dar outras oportunidades”, disse.