Barbearias voltam à moda e reaparecem em bairros chiques e periferia de Campo Grande

Com cortes de cabelos e barbas bem marcadas de volta à moda, as barbearias invadiram todos os cantos da cidade. Dos bairros chiques, como o Jardim dos Estados, aos mais periféricos, como o Tijuca, o negócio faz sucesso. E não faltam clientes que queiram dar uma repaginada no visual. Dona da Barbearia Gomes, no Bairro […]

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Com cortes de cabelos e barbas bem marcadas de volta à moda, as barbearias invadiram todos os cantos da cidade. Dos bairros chiques, como o Jardim dos Estados, aos mais periféricos, como o Tijuca, o negócio faz sucesso. E não faltam clientes que queiram dar uma repaginada no visual.

Dona da Barbearia Gomes, no Bairro Piratininga, Jean Sandro Gomes, de 35 anos, conta que quando abriu o negócio a profissão estava tão em desuso que foi difícil até tirar o Alvará. Dificuldade não só superada, como a concorrência está ai para mostrar que hoje a situação é bem diferente. “Quando fui abrir exigiram que eu tivesse curso de barbeiro, mas na época não tinha isso. Agora não, onde você anda vê uma barbearia”, diz.

Para o profissional, que há 16 anos atua no ramo, a mudança se deu devido ao modismo. Mas, ele acredita que a moda fique. “A barba bem marcada e o cabelo com os fios sempre alinhados estão na moda. Então os homens procuram mais o serviço”, diz.

Cliente de Jean há 2 anos, Rômulo Fernandes, de 27 anos, personnal trainner, conta que ele mesmo cortava as madeixas até conhecer a barbearia. “Venho uma vez por semana. Faço a barba e, quando necessário, o cabelo”, conta.

Para o personnal, além da vantagem de estar sempre bem alinhado, a barbearia é um ambiente mais agradável que um salão. “No salão tem muitas mulheres. Ai a gente divide o espaço e tem que cuidar o que diz, como se co portar. Aqui na: é papo de homem”, afirma.

O estudante José Ribeiro, de 24 anos, conheceu o serviço de barbearia na The Barber Club e aprovou pelos motivos citados por Rômulo. “Gostei muito primeiro porque é um ambiente totalmente masculino, sem frescura. Não tem aquele bando de mulher falando sem parar”, diz.

Barbeiro do local, Cabrini Ferreira, de 26 anos, conta que a ideia é essa mesma, não ter frescura. Ele explica que o grande diferencial da barbearia em relação a um salão de beleza é que o barbeiro tem uma pegada mais clássica, que sobrevive ao tempo.

Para colocar o cliente neste ambiente, ele decorou a barbearia com objetos clássicos e que remetem as primeiras barbearias do mundo. “A profissão de barbeiro começou durante a Guerra Civil americana. Os barbeiros eram meio como enfermeiros, eles cuidavam dos ‘pacientes’ quando voltavam do fronte”, conta.

Devido a esse histórico, Cabrini afirma que a profissão tem muita de confiança e intimidade. “É um serviço muito mais de confiança, do que de estética. A pessoa chega aqui e se sente em casa”, conclui.

De pai para filho

Também na periferia, Alisson Guerreiro, de 26 anos, aprendeu a profissão com o pai. Ele conta que quando era pequeno via o pai trabalhando e queria ajudar, e assim aprendeu a gostar da profissão que se tornaria sua.

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