O coordenador Munzer Dib vistoriou o local onde será montada a estrutura da ação que vai beneficiar 16 regiões de Campo Grande

O setor industrial entra a partir deste sábado (26) na “guerra” contra a dengue em Campo Grande, onde de 1º de janeiro até agora já foram notificados mais de 10,5 mil casos da doença e 4 mortes que teriam sido provocada pela enfermidade. Para combater a epidemia, o Sesi inicia, a partir das 9 horas, na sede da Associação de Moradores do Bairro Coophavila II, o Programa Elimine a Dengue do seu Bairro, que vai disponibilizar em 16 regiões da cidade, até o próximo dia 3 de abril, uma unidade móvel médica para orientar os moradores sobre a doença, aferição de pressão arterial, distribuição de folhetos informativos sobre como prevenir a infestação do mosquito transmissor Aedes aegypti e visitas às residências por parte de uma equipe de campo para reforçar as medidas de combate à dengue.

Segundo o coordenador do Programa, Munzer Dib, que no fim da tarde de ontem (24/01) vistoriou o local onde será montada a estrutura na Coophavila II, as regiões envolvidas, além da Coophavila II, são: Nova Lima, Popular, Tiradentes, Noroeste, Moreninha I, II e III, Portal Caiobá, São Conrado, Santo Amaro, Coophatrabalho, Coronel Antonino, São Francisco, Novo Estados e Piratininga. “Na Coophavila II, ficaremos até o dia 1º de fevereiro. Vale a pena ressaltar que esta é uma iniciativa de responsabilidade social, ajudamos a indústria a chegar aqui, a se manter e também cuidamos do trabalhador e da família dele”, declarou.

Conforme o cronograma, o Programa, que começa neste sábado (26/01) e prossegue até o dia 1º de fevereiro na Coophavila II, percorrerá a região do Nova Lima (02/02 a 05/02), da Vila Popular (14/02 a 18/02), do Tiradentes (20/02 a 22/02), do Noroeste (25/02 a 27/02), das Moreninhas (02/03 a 06/03), do Portal Caiobá e São Conrado (08/03 a 11/03), do Santo Amaro e Coophatrabalho (14/03 a 19/03), do Coronel Antonino e São Francisco (21/03 a 24/03), do Novos Estados (26/03 a 28/03) e da Piratininga (02/04 e 03/04).

Segundo o superintendente do Sesi, Michael Gorski, diante da proporção de notificações da doença, é preciso unir forças para impedir que novos casos sejam registrados. “A dengue tomou grandes proporções e está atrapalhando o setor produtivo e a vida das pessoas. Por isso, o Sistema Fiems, por meio do Sesi, não poderia ficar alheio. Vamos orientar a todos para podermos impedir o registro de novos casos e uma maior proliferação do mosquito causador”, disse.

Conscientização

Uma doença que ocorre todo o verão e que, na avaliação do presidente da Associação de Moradores do Bairro Nova Campo Grande, Marcos Antônio Pedrosa Espinoça, é fruto da falta de conscientização da população. “Posso dizer que o problema da dengue lá na região está na casa das pessoas e não na rua. Por isso, esse tipo de iniciativa é sempre bem-vinda”, disse.

Ele completado que já perdeu a conta das vezes que moradores ligaram de madrugada pedindo ajuda para ir ao posto de saúde com sintomas de dengue. Já no Bairro Santo Antônio, segundo o presidente Miguel Benedicto Gileno, são poucos os casos que chegam ao conhecimento da entidade e o problema está do portão para fora. “Tem muitas ruas que empossam água e isso nos preocupa, além dos terrenos baldios que também são um problema. Queremos manter a dengue bem longe da nossa região, por isso recebemos a ação da Fiems de braços abertos”, declarou.

A situação é parecida na Vila Nhá-Nhá, a presidente Saleides Holsback, destaca a relevância da aproximação da Fiems e a entidade. “As lideranças se sentem privilegiadas porque somos valorizados e sem interesse algum. A Fiems foi para o bairro para desenvolver as pessoas, com os cursos de qualificação, e também para cuidar delas, contribuindo para que elas não adoeçam”. O entendimento é o mesmo na leitura do presidente da Associação dos Moradores do Bairro Dom Antônio Barbosa, Rubens Honório Alcântara. “Temos alguns casos de dengue na região e no nosso caso o problema é ainda maior, pois a região recebe todo o lixo de Campo Grande. Por isso a conscientização ali se faz necessária”, alertou.

No outro extremo da cidade, no Bairro Nova Lima, também abriga vitimas da dengue. O próprio presidente da Associação dos Moradores, Gonçalves Ribeiro de Souza, não ficou imune à doença. “Já peguei dengue duas vezes em anos anteriores. É uma situação muito complicada, muito difícil. Uma dor insuportável e se a pessoa já teve uma vez e pegou de novo ela volta bem pior, por isso temos de cuidar da nossa casa, do ambiente em que estamos”, pontuou. Levar as orientações de porta em porta é uma estratégia que faz a diferença. É o que pensa o presidente da Associação dos Moradores das Moreninhas I e II, Roberto Vinthum. “A epidemia tomou conta da cidade e o que eu vejo na região das Moreninhas é que o problema está, em grande parte, dentro de casa, mas os terrenos baldios também são foco do mosquito, por isso é preciso atuar em várias frentes”.

A presidente da Associação de Moradores do Bairro Coophavila II, Maria Bernadete de Carvalho Gauto, contou que diversos moradores da região estão doentes e que tudo o que puder ser feito para orientar as pessoas sobre a doença será bem recebido. “Sabemos que essa é uma doença provocada pela falta de cuidado das pessoas com o seu ambiente. É preciso atenção. Por isso eu posso dizer que a iniciativa da Fiems contribui muito para nos ajudar nessa batalha contra o mosquito. Eu fico muito feliz de ver que a entidade está preocupada em contribuir para resolver os problemas da cidade, primeiro trouxe cursos para o nossos moradores e agora com mais essa iniciativa que muito vai nos ajudar”, declarou.

Serviço – O lançamento do Programa Elimine a Dengue do seu Bairro será às 9 horas de sábado (26/01) na sede da Associação de Moradores do Bairro Coophavila II, localizada na Avenida Marinha, 725