Chuva causa transtornos no Rio e prefeito pede para população evitar sair de casa

As chuvas que atingem o Rio de Janeiro desde a noite de ontem (10) causaram alagamentos, transtornos no trânsito e levaram o prefeito da cidade, Eduardo Paes, a pedir para que a população evite sair de casa nesta quarta-feira.

Ainda chove forte em alguns pontos da cidade na manhã desta quarta-feira e os bombeiros registram ao menos três desabamentos de casas. Ainda não se sabe se há vítimas ou a extensão dos deslizamentos, que aconteceram em Austin, Realengo e Anchieta.

Um pessoa permanece desaparecida depois de cair em um rio, em Nova Iguaçu, na Baixa Fluminense, na noite de ontem, quando começou a chover forte na região. Segundo informações da Defesa Civil do Estado, o pedreiro Martinho da Silva, 50, foi visto pela última vez por volta das 22h desta terça-feira.

“Quando chove forte em uma cidade grande como o Rio de Janeiro há esse tipo de transtorno. Nosso pedido para a população é que se não tiver de se deslocar que não se desloque. A cidade está funcionando normalmente, mas é sempre bom que quem não tiver de sair que evite o deslocamento” disse Paes em entrevista ao programa ‘Bom Dia Rio’, da TV Globo.

De acordo com nota divulgada pela Defesa Civil, 117 comunidades têm pontos com alto risco de deslizamentos na cidade. A previsão para hoje é de chuva moderada a forte, com a ocorrência de ventos nas próximas horas.

Os equipamentos de aviso sonoro contra tempestade foram acionados nos seguintes bairros: Barro Vermelho, Cachoeira Grande, Cachoeirinha, Comandante Luiz Souto, Espírito Santo, Guaíba e Bila Periqui, Ignácio Dias, Juramento, Preto Forros, Morro do Céu, Nossa Senhora da Guia, Nova Divinéia, Parque Silva Vale, Brício de Moraes, Santa Terezinha, Sapê, Parque Alvorada, Palmeiras, Nova Brasília, Vila Cabuçu, Dona Francisca, Cotia, Vila José Anchieta e Comandante Luís Souto.

Nas comunidades Espírito Santo, Parque Silva Vale, Juramento, Barão, Parque Nova Maraca, Caracol, Lauderine Freire, Parque Proletário Grotão, Engenho da Rainha, Morro da Fé, Frei Gaspar, Cariri, Alemão, Joaquim de Queizoz, Sereno, Caixa D’Água, Adeus, Pianco e Quiririm, a sirene de alerta também tocou.

As chuvas deixaram ainda dois rios em alerta máximo. O Rio Pavuna, no município de São João de Meriti, e o Rio Botas, que corta os municípios de Belford Roxo e Nova Iguaçu, transbordaram em vários pontos, segundo o Inea (Instituto Estadual do Ambiente). Ainda não há informação sobre desabrigados e desalojados.

ENGARRAFAMENTOS

Há vários pontos de alagamento em ruas e avenidas da cidade, o que provoca grandes engarrafamentos. A Radial Oeste, uma das principais vias de ligação da zona norte com o centro da capital, foi fechada. De acordo com o Centro de Operações, às 8h45, havia problemas no sentido Méier na altura da estação de São Cristóvão.

As pistas do Aterro do Flamengo, sentido centro, estão congestionadas desde o seu início, no bairro de Botafogo (zona sul). Alguns motoristas estão subindo nas calçadas para retornar e seguir para o centro por outros caminhos. A Folha testemunhou um motorista que subiu na calçada para mudar de direção e depois pegou uma rua na contramão.

Outro ponto da cidade que tem trânsito intenso é Copacabana (zona sul). Houve colisão na Avenida Atlântica e o veículo com a traseira batida atrapalhava o trânsito no local por volta das 10h10.

Há alagamentos também na Avenida Brasil, principal via de ligação da zona oeste com o centro, o que complica o tráfego de veículos na região. A Rua Marechal Aguinaldo Caiado de Castro, conhecida como Ladeira da Misericórdia na região central, também foi interditada a partir da Avenida Presidente Antônio Carlos, por conta do acúmulo de água na pista.

Duas linhas de trem da região metropolitana –Saracuruna e Belford Roxo– foram interrompidas por causa da chuva. Uma queda de muro na Estação de Piedade, na zona norte da cidade, provoca atraso em outras três linhas — Deodoro, Santa Cruz e Japeri.

As chuvas causaram também problemas no metrô. A linha 2 não está operando no trecho entre Pavuna e Colégio, segundo a empresa MetrôRio.