Número de notificações de dengue dobra com chuvas no segundo trimestre
Um dos sinais de alerta para necessidade do reforço nas ações de combate a dengue em Campo Grande foi o crescimento do número notificações da doença no segundo trimestre de 2012, revertendo a tendência de queda registrada no primeiro trimestre (janeiro a março). Os números da Secretaria Municipal de Saúde mostram que nos meses de […]
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Um dos sinais de alerta para necessidade do reforço nas ações de combate a dengue em Campo Grande foi o crescimento do número notificações da doença no segundo trimestre de 2012, revertendo a tendência de queda registrada no primeiro trimestre (janeiro a março). Os números da Secretaria Municipal de Saúde mostram que nos meses de abril, maio e junho de 2011 foram 991 notificações. Já neste ano, considerando abril, maio e os primeiros 20 dias de junho, estão computados 2.048 casos confirmados ou suspeitos da doença. O pico foi em maio, quando foram registradas 932 notificações, ante as 144 do mesmo mês de 2011.
Curiosamente, os primeiros três meses do ano, que coincidem com o período de chuva e quando normalmente o número de casos aumenta, em 2012 houve queda de 90% nas notificações. No primeiro trimestre de 2011 foram 3.240 casos, enquanto em igual período deste ano caiu para 1.910.
Esta redução entre os meses de janeiro, fevereiro e março, acabou influenciando no resultado do acumulado no semestre. De janeiro a junho de 2011 foram 4.220 casos e em 2012 (ainda faltando computar 11 dias de junho) chegou a 3.958.
Alcides Ferreira, chefe do setor de controle de vetores da Secretaria Municipal de Saúde, acredita que este cenário atípico é reflexo do volume de chuvas registrado nos últimos dois meses em Campo Grande. Só nos primeiros 22 dias deste mês, choveu 242,2 milímetros, maior índice pluviométrico registrado neste período nos últimos 50 anos.
Ele explica que o inverno (que começou oficialmente no último dia 22) é tipicamente seco e isto significa que os ovos ficam secos nos criadouros até o período de verão que é de chuvas. Como este ano a expectativa será diferente, um índice pluviométrico acima da média histórica da estação, os ovos que estão inertes começam a eclodir neste período de inverno. “Em oito a dez dias depois de chuva, os ovos eclodem. Como choveu muito na semana passada, já estamos com um ‘safra’ extra chegando”, alerta.
Até a próxima segunda-feira, dia dois de julho, fica pronto o mais recente Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (Lira), que permite conhecer os locais de maior infestação. A partir do Lira, será possível apresentar concretamente ações mais direcionadas de combate ao mosquito. Os dados epidemiológicos disponíveis demonstram que algumas regiões da cidade já evidenciam alto risco de infestação, entre eles os bairros Jardim Veraneio, Alves Pereira, Lageado, TV Morena, Estrela Dalva.
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