Número de mortes por chuva chega a 548 na Região Serrana do RJ
As chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro mataram no total 548 pessoas desde terça-feira (11). Nesta sexta-feira (14), corpos foram encontrados na cidade de São José do Vale do Rio Preto e agora são 5 municípios com registro de mortes após as chuvas. Na região, sete famílias ficaram mais de 60 horas à […]
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As chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro mataram no total 548 pessoas desde terça-feira (11). Nesta sexta-feira (14), corpos foram encontrados na cidade de São José do Vale do Rio Preto e agora são 5 municípios com registro de mortes após as chuvas. Na região, sete famílias ficaram mais de 60 horas à espera de socorro, segundo o Corpo de Bombeiros. Em Teresópolis, morreram 238 pessoas, segundo a prefeitura. Em Nova Friburgo, o número também subiu para 247. Em Sumidouro, a prefeitura confirmou um total de 18 mortos. Já em Petrópolis, a prefeitura divulgou que o total de mortos chega a 43 mortos.
Em São José do Vale do Rio Preto foram registradas duas mortes. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, anunciou nesta sexta, após a primeira reunião ministerial do atual governo, que a presidente Dilma Rousseff decidiu adotar três medidas para atender aos municípios atingidos pelas chuvas no Rio.
Entre as medidas, está a liberação de R$ 100 milhões – metade desse valor, de imediato – para oito municípios fluminenses mais afetados pelas enchentes. Responsável pela produção de 70% das hortaliças no estado do Rio de Janeiro, o município de Teresópolis perdeu 80% das plantações com as chuvas dos últimos dias. Segundo o secretário de Agricultura da cidade, Fernando Mendes, a produção está comprometida.
O prejuízo ainda está sendo calculado e ainda não há uma estimativa de quanto tempo será necessário para recuperar as áreas e retomar a produção. Outros dois municípios também tiveram áreas devastadas: Bom Jardim e Areal, onde a Defesa Civil acredita que possa haver vítimas fatais nessas cidades (veja vídeo ao lado). Áreas ficaram isoladas após as tempestades dos últimos dias. Em São José do Vale do Rio Preto, sete famílias ficaram mais de 60 horas à espera de socorro, segundo o Corpo de Bombeiros.
Cansado de esperar pelo resgate de corpos, moradores de algumas comunidades de Teresópolis enterraram parentes em covas improvisadas. Nesta manhã, 225 homens da Força Nacional de Segurança chegaram à Região Serrana do Rio de Janeiro. Eles vão auxiliar nas buscas por vítimas e na manutenção da ordem pública nas áreas atingidas pelos temporais no estado, principalmente em Teresópolis. Na quarta-feira, o Exército enviou 400 homens, 30 veículos, 2 retroescavadeiras, 2 carregadeiras, 1 gerador, 1 torre de iluminação e 6 helicópteros. Estradas e energia Estradas voltaram a ser interditadas na Região Serrana.
Uma queda de barreira interditou nesta sexta-feira a estrada que liga Itaipava à Teresópolis. Motoristas que seguem para Teresópolis estão sendo orientados pela Polícia Militar a retornar para a estrada Rio-Magé. Mais de 40 mil pessoas seguem sem energia elétrica na Região Serrana. Problema maior é em Nova Friburgo, onde 25 mil pessoas estão sem luz. Na cidade também falta água em 50% das casas.
De acordo com informações da assessoria de comunicação da prefeitura, foram registrados nesta manhã dois assaltos a lojas do Centro, próximas à Calçada da Fama, a mais importante área de comércio da cidade. Comerciantes chegaram a fechar as portas. O prefeito de Teresópolis, Jorge Mário Sedlacek, anunciou nesta sexta-feira que a reconstrução da cidade custará mais de R$ 500 milhões. Na cidade, há 1200 desabrigados e 1300 desalojados. Em Nova Friburgo, a queda de uma caixa d’água assustou os moradores. Em pânico, boa parte da população chegou a pensar que uma represa havia rompido.
Mais um Hospital de Campanha do Corpo de Bombeiros foi montado em Nova Friburgo nesta sexta-feira. Com o hospital de campanha da Marinha que já funcionava, passam a ser dois na região. Em Petrópolis, equipes de resgate trabalham para conseguir acessar uma localidade isolada, conhecida como Ponto Final, no Vale do Cuiabá, em Itaipava. Há notícias de que lá há 22 pessoas desaparecidas. Para o trabalho, serão utilizados três retroescavadeiras e 60 caminhões. Esta já é considerada a maior tragédia climática da história país. O número de vítimas ultrapassou o registrado em 1967, na cidade de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo. Naquela tragédia, tida até então como a maior do Brasil, 436 pessoas morreram.
No ano passado, de janeiro a abril, o estado do Rio de Janeiro teve 283 mortes, sendo 53 em Angra dos Reis e Ilha Grande, na virada do ano, 166 em Niterói, onde se localizava o Morro do Bumba, e 64 no Rio e outras cidades atingidas por temporais em abril. Em SP, durante o primeiro trimestre de 2010, quando a chuva destruiu São Luiz do Paraitinga e prejudicou outras 107 cidades, houve 78 mortes. Os números da Região Serrana do RJ superam ainda os de 2008 em Santa Catarina, com 135 mortes
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