Moradores do Tijuca já acham ‘normais’ os arrastões pelo bairro
No último arrastão, registrado no sábado, cinco adolescentes com idades que variam de 15 17 anos, armados de revólver, atacaram numa das ruas do bairro outros adolescentes que foram obrigados a entregar celulares, bonés e bicicletas
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No último arrastão, registrado no sábado, cinco adolescentes com idades que variam de 15 17 anos, armados de revólver, atacaram numa das ruas do bairro outros adolescentes que foram obrigados a entregar celulares, bonés e bicicletas
Assaltos, furtos e arrastões, essa muitas vezes, é a rotina de quem vive no Jardim Tijuca, região Leste de Campo Grande. O pior, segundo os moradores, é que isso não é uma novidade, mas sim uma realidade que já dura anos e que não tem perspectivas de mudança. Diante disso, enquanto a situação não muda através da atuação do poder público, os moradores só têm uma alternativa: acostumar-se.
No sábado, mais uma vez, o bairro foi protagonista de delitos, já que cinco adolescentes, entre 15 e 17 anos, de posse de um revólver, promoveram um arrastão. Às 11 horas, os cinco jovens roubaram de outros adolescentes celulares, bicicleta e bonés. Os adolescentes acabaram sendo apreendidos pela polícia.
Um crime que não causou surpresa em Maria de Fátima, de 47 anos, moradora do Tijuca há 23 anos. Ela afirma que a falta de estrutura é um dos pontos que faz com que a criminalidade encontre espaço no bairro. Como exemplo, ela cita a frente da sua casa que não tem luz desde quando ela mora no bairro e que já foi palco para um crime.
“Um dia, um homem chegou de moto com a sua namorada e, de repente, dois homens armados derrubaram o casal da moto e depois utilizaram a moto para fazer a ´limpa´ aqui no bairro e roubar muita gente”, afirma a moradora.
Além da luz, segundo uma moradora que não quis se identificar, os terrenos baldios existentes no bairro servem como esconderijos para os ladrões. Outra moradora que denuncia os crimes é Maria Quintana, de 66 anos, que afirma que assaltos são normais no bairro. “Aqui tem assalto, nunca deixou de ser violento”.
Com uma rotina de crimes como essa, o aposentado José Paulo dos Santos, de 60 anos, resume bem a solução encontra pelos moradores. “Aqui no Tijuca, assalto, briga e violência é toda a vida, eu fico na minha”, afirma o morador.
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