Tebet: Ata do Banco Central me agradou, enquanto comunicado me assustou
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, voltou a diferenciar nesta terça-feira, 27, as mensagens que, em sua avaliação, o comunicado e a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) transmitiram ao mercado nos últimos dias. Para a ministra, a diferença de tom entre os dois documentos provocou um “ruído e um estresse desnecessário” ao País. […]
Agência Estado –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, voltou a diferenciar nesta terça-feira, 27, as mensagens que, em sua avaliação, o comunicado e a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) transmitiram ao mercado nos últimos dias. Para a ministra, a diferença de tom entre os dois documentos provocou um “ruído e um estresse desnecessário” ao País. Tebet lembrou novamente que votou pela autonomia do Banco Central e que teria “liberdade” de fazer tal avaliação.
“Eu lamento o estresse que o Banco Central esteja provocando no Brasil. É um órgão técnico, sou a favor da autonomia, votei pela autonomia, votei no Roberto Campos Neto, presidente do BC, então tenho liberdade de dizer que está causando ruído e estresse desnecessário”, disse a ministra ao ser questionada pela imprensa durante evento do PPA Participativo em Brasília. Tebet afirmou que o comunicado da última quarta-feira, 21, foi “muito duro com o País” e mostrou “miopia” do BC, enquanto a ata apresenta a “realidade” do Brasil e das realizações do governo.
Na manhã desta terça-feira, o Banco Central divulgou a ata da mais recente reunião de política monetária. O documento deixou a porta aberta para um corte de juros em agosto, apenas seis dias depois de o comunicado da reunião não ter sinalizado, na visão de analistas, um afrouxamento monetário no curto prazo.
Segundo a ministra, enquanto a ata lhe “agradou”, o comunicado divulgado na semana passada a “assustou”. Em sua avaliação, o comunicado deu a entender que o BC só discutiria a possibilidade de queda na taxa de juros a partir do ano que vem, considerando uma hipótese de que a inflação tende a dar “ligeira acelerada” no segundo semestre. Para Tebet, não é possível comparar a atual realidade brasileira, com juro real que “passa de 9%”, com o cenário do ano passado, quando o BC aumentou a Selic a 13,75%.
“Não é possível que dentro de realidades tão distintas continuaríamos a discutir taxas de juros a partir do ano que vem numa hipótese de que inflação tende a dar uma ligeira acelerada no segundo semestre. A realidade do ano passado é diferente porque também tinha uma crise institucional”, afirmou a ministra, para quem não seria possível entender a “esquizofrenia” do comunicado.
Ela ainda ressaltou a divergência interna do comitê revelada pela ata divulgada nesta terça. “A ata mostrou inclusive que já há divergência interna no Banco Central e no sentido de já ter uma grande parte de diretores entendendo que os juros podem começar a cair no segundo semestre, que é o que nós realmente acreditamos e esperamos”, disse.
Notícias mais lidas agora
- Defensio Agro: Quadrilha que aplicou golpe de mais de meio milhão em produtores é alvo de operação em MS
- Revólver que seria enviado para Goiás é encontrado dentro de air fryer nos Correios em Campo Grande
- VÍDEO: Militar do Exército morto em acidente em Campo Grande atingiu lateral de carro de aplicativo
- Ex que pisoteou rosto de mulher e colocou fezes de cachorro na boca da vítima vai continuar preso
Últimas Notícias
Três são presos com mais de R$ 929 mil em cigarros eletrônicos e narguilés
Três pessoas foram presas
STJ rejeita tese do ‘racismo reverso’ de pessoas negras contra brancas
Deve ser aplicado somente nos casos de ofensas dirigidas a pessoas negras
Campeonato Sul-Mato-Grossense tem quatro partidas nesta quarta-feira
Na Capital, o Operário recebe o líder Corumbaense
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.