O deputado federal Alexandre Leite (União-SP) reagiu a um assalto e matou a tiros um dos suspeitos na noite do último sábado (16). O incidente ocorreu na Avenida Interlagos, na zona sul de São Paulo. Na Câmara dos Deputados desde 2011, Leite é um defensor das pautas armamentistas e foi relator de um projeto de lei de autoria do governo de Jair Bolsonaro (PL) que buscava ampliar o acesso às armas pela população civil.

Segundo informações do Estadão, no Boletim de Ocorrência registrado pelo deputado, Leite estava com sua mulher, passando pelo local de carro, quando dois homens em uma motocicleta se aproximaram.

Leite registrou que teria visto a motocicleta o seguindo e que o passageiro da garupa teria sacado uma arma. Quando os dois homens se aproximaram para fazer o assalto, começou uma troca de tiros. Um dos suspeitos efetuou dois disparos e saiu correndo, já o parlamentar teria revidado três vezes, matando o condutor da moto.

Alexandre Leite tem 34 anos e é filho do presidente da Câmara de Vereadores de São Paulo, Milton Leite (União-SP). O parlamentar está no seu quarto mandato à frente da Câmara dos Deputados. Quando foi eleito pela primeira vez, em 2010, ele tinha apenas 21 anos. Na última recondução para a Câmara no ano passado, ele recebeu 192.806 votos (0,81% dos válidos).

Ainda segundo o Estadão, tanto Alexandre quanto a mulher estão bem “porém muito abalados com o ocorrido”. O caso é investigado pelo 80º Distrito Policial, na Vila Joaniza.

Defensor da pauta armamentista

No Legislativo, Alexandre Leite é conhecido como um defensor da pauta armamentista. Em 2019, durante o governo Bolsonaro, ele relatou um projeto na Câmara que pretendia ampliar o acesso dos cidadãos às armas de fogo, com diminuição da idade mínima de posse para 21 anos. De autoria do Poder Executivo, o texto apresenta outros elementos de flexibilização para CACs (caçadores, atiradores e colecionadores).

A proposta de lei foi aprovada pela Câmara dos Deputados em novembro de 2019 por 283 votos a favor e 140 contra. O projeto, porém, está engavetado no Senado Federal desde então e não possui previsão para ser apreciado pelos senadores.

Neste ano, Leite se posicionou contrário ao decreto que restringe o acesso às armas proposto pelo governo Lula e chegou a colher assinaturas para aprovar urgência de um projeto que sustaria a proposta do presidente.

Com informações da Agência Estado