PF vai ouvir general Dutra de Menezes e mais 80 militares sobre atos do 8 de janeiro

Oitivas serão realizadas na quarta-feira por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal vai tomar o depoimento de cerca de 80 militares sobre os atos do dia 8 de janeiro, quando radicais invadiram e depredaram as dependências do Supremo, Planalto e Congresso. As oitivas serão realizadas nesta quarta-feira, 11, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo. Entre os militares a serem ouvidos está o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, que era chefe do Comando Militar do Planalto no dia 8 de janeiro.

As diligências são realizadas no bojo da investigação sobre a participação de policiais militares e membros das Forças Armadas nos atos golpistas. A apuração tramita em sigilo no STF e instaurada após pedido da Polícia Federal para investigar a ‘autoria’ e a ‘materialidade’ de ‘eventuais crimes cometidos por integrantes das Forças Armadas e Polícias Militares’.

A decisão de abrir o inquérito, perante o STF, chancelou a competência da Corte máxima para julgar os militares envolvidos na ofensiva antidemocrática. No despacho, Alexandre de Moraes ponderou que as suspeitas não envolvem ‘crimes militares’ e sim ‘crimes de militares’.

A medida que as investigações sobre os atos golpistas vão avançando, fecha-se o cerco para diferentes grupos ligados à ofensiva radical.

Na semana passada, a Procuradoria-Geral da República finalizou as denúncias relativas aos presos na Praça dos Três Poderes – considerados executores do vandalismo – e aos detidos no dia 9 de janeiro, no acampamento em frente ao QG do Exército em Brasília – classificados como incitadores.

Ao todo, 1.390 denúncias foram apresentadas ao Supremo Tribunal Federal. Até o momento, as acusações atingem 239 investigados apontados como executores dos atos de vandalismo, 1.150 incitadores da ofensiva extremista e um policial legislativo acusado de suposta omissão ante a depredação das sedes dos Três Poderes.

Conteúdos relacionados

Imagem ilustrativa (Reprodução / Freepik)