Pesquisadores encontram fóssil com 12 mil anos de possíveis primeiros habitantes de Goiás

Local reúne vasto material arqueológico desde o início das primeiras pesquisas, em 1970

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Fóssil de aproximadamente 12 mil anos (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Novas descobertas deixam um sítio de Serranópolis, interior de Goiás, ainda mais valioso para a história. Um fóssil humano avaliado em 12 mil anos foi encontrado por pesquisadores. O esqueleto pode ser de um dos primeiros habitantes do cerrado goiano.

Segundo o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), as pesquisas revelaram datações que recuam o início da ocupação na região a aproximadamente 11 mil anos antes do presente.

Um dos pesquisadores do Projeto Serradinho, Juliano Cezar Rubin de Rubin, o fóssil estava há dois metros de profundidade, mesmo local onde outras buscas começaram em 2022, onde foram localizados dez crânios de mais de um século. A escavação iniciou em 2021 e a descoberta em 2022, mas os restos mortais só foram escavados em março deste ano.

Crânios encontrados em 2022 no local (Foto: Acervo Serradinho)

Ainda conforme o IPHAN, o local é testemunho das primeiras ocupações humanas do planalto central brasileiro. Por isso, a atual pesquisa retoma as ações que começaram em 1970, pelo Programa Arqueológico de Goiás, sob coordenação de Pedro Ignácio Schmitz, arqueólogo pioneiro no estado.

A descoberta também contribui com os estudos bioarqueológicos, que tratam da reconstrução do passado através do estudo de remanescentes biológicos humanos recuperados em contextos arqueológicos. São mais de 30 sítios de populações caçadores-coletores e agricultores-ceramistas que ocuparam a região.

“Serranópolis é referência na história do povoamento do cerrado brasileiro, tanto por sua importância científica, relacionada à ocupação do território goiano, quanto por sua beleza cênica”, descreve o instituto.

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