Lula diz que há apoiadores de Bolsonaro ‘escondidos às pencas’ no governo
Lula citou as demissões como justificativa para a demora no atendimento de demandas da população, como a criação de uma universidade no município.
Agência Estado –
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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, 14, que ainda precisa “tirar bolsonaristas” que estão no quadro de servidores federais. A declaração foi dada na Bahia, durante o lançamento do novo Minha Casa, Minha Vida, programa de habitação do segundo governo petista relançado agora No palco, rindo, Lula ainda atribuiu a responsabilidade por identificar os “escondidos” e assinar as ordens de exoneração do “infiltrados” ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, ex-governador baiano.
“O que vocês tem que ter é um pouquinho de paciência porque estamos apenas há 40 dias no governo. A gente ainda nem conseguiu montar as equipes que a gente tem que montar. Porque nós temos que tirar bolsonaristas que estão lá escondidos às pencas”, afirmou o presidente em Santo Amaro (BA). “A responsabilidade de tirar eles é do Rui Costa. É o Rui Costa que tem que assinar as medidas para tirar aquela gente que está infiltrada dentro do nosso governo.”
Lula citou as demissões como justificativa para a demora no atendimento de demandas da população, como a criação de uma universidade no município.
Desde que assumiu, Lula tem feito uma “limpa” nos cargos públicos. Após os atos violentos do dia 8 de janeiro, o presidente exonerou ou dispensou mais de 150 militares na estrutura do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e cargos variados no Planalto, a maioria de baixa patente, sem posição na cadeia de comando da segurança institucional.
Na última semana, o presidente destituiu três dos sete integrantes da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, que tinham sido indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao cargo. Como mostrou o Estadão, o grupo liberou ministros do governo Bolsonaro para exercerem de imediato atividades em empresas da iniciativa privada que mantêm relação com seus antigos cargos, sem a necessidade de cumprir uma quarentena, como medida para evitar situações de conflito de interesses.
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