Autoridades brasileiras esperam retirar nos próximos dias o grupo de cerca de 30 brasileiros retidos na Faixa de Gaza em meio a guerra entre e o grupo terrorista Hamas, depois que um acordo entre , Israel e o Hamas permitiu a saída de 450 estrangeiros de Austrália, Áustria, Bulgária, Finlândia, Indonésia, Jordânia, e República Tcheca, além de trabalhadores de entidades humanitárias.

Segundo fontes do Itamaraty, novas listas devem ser publicadas nos próximos dias e espera-se que os brasileiros possam estar nelas. O grupo de brasileiros está desde o mês passado em casas alugadas pelo Itamaraty em Rafah e Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, à espera de uma definição na fronteira, fechada desde o início da guerra.

O governo brasileiro tem feito apelos aos governos de Israel e do Egito para que os brasileiros possam ser retirados de Gaza. Um avião do governo está no Cairo à espera de uma sinalização das autoridades locais.

‘Luz no fim do túnel'

O Egito controla a única fronteira de Gaza que não tem limite com Israel, mas o posto de Rafah é submetido a rigorosos controles alfandegários e de pessoas. Após os atentados terroristas do Hamas no dia 7, o posto foi fechado e ninguém podia sair ou entrar no território palestino.

No fim de semana, após um acordo negociado com a ajuda do Catar e dos Estados Unidos, o posto foi aberto para a entrada de ajuda humanitária. Nesta quarta, além da saída de estrangeiros, ambulâncias também recolheram feridos em Gaza.

À rádio CBN, o embaixador brasileiro no Egito, Paulino Franco de Carvalho Neto, disse que brasileiros devem deixar a Faixa de Gaza em até dois dias. Segundo o embaixador, um ônibus, medicamentos e alimentos já estão preparados para o transporte do grupo ao Egito, onde um avião da FAB aguarda para levá-los de volta ao Brasil. “Temos, agora, uma luz no fim do túnel”, disse.

Retirada na Cisjordânia

Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores anunciou que 33 brasileiros que estavam na Cisjordânia e haviam manifestado interesse na repatriação foram resgatados nesta quarta-feira. Brasileiros de 12 famílias – 12 homens, 10 mulheres e 11 crianças – foram conduzidos em ônibus e vans alugados pela Representação Brasileira em Ramallah até a cidade de Jericó.

“Os veículos foram identificados com a bandeira do Brasil. Para fins de segurança, as placas, trajetos e listas de passageiros foram informados às autoridades da Palestina e de Israel”, declarou o embaixador da Representação Brasileira em Ramala, Alessandro Candeas, em nota divulgada pelo Itamaraty.

Em Jericó, os brasileiros realizaram os processos de migração e foram direcionados para cruzar a fronteira com a Jordânia, onde embarcaram em outro ônibus e foram levados até a capital Amã. Lá, embarcaram em uma aeronave do governo federal, com destino à Base Aérea de Brasília.