Fachada do estabelecimento de empresária que cuspiu em motorista de aplicativo amanhece pichada

Três dias após o vídeo envolvendo a conduta de Giovana Ogando, dona do Evoé Café, de Goiânia, viralizar na internet, a cafeteria amanheceu com pichações espalhadas por toda a fachada. A manifestação aconteceu depois que Luiz Oliveira, motorista de aplicativo, publicou em suas redes sociais o vídeo em que, após uma breve discussão, Giovana cospe e xinga ele.

Nas paredes, muros e chão do estabelecimento, palavras e desenhos obscenos foram feitos, e as imagens, divulgadas nas redes sociais. Uma das frases diz: “respeite nossa raiva”.

Quanto a isso, Giovana ainda não se manifestou.

Relembre o caso

O vídeo em que Giovana Ogando, dona da Evoé Café, em Goiânia, aparece cuspindo em um motorista de aplicativo viralizou nas redes sociais.

Nas imagens, Giovana aparece entrando no veículo com sua mãe e perguntando ao motorista, Luiz Oliveira, se ele teria R$ 30 de troco, porque ela pagaria em dinheiro. No entanto, o homem afirma que não tem o valor. A passageira diz então que não pagaria, deixando que a conta fosse debitada em uma próxima corrida.

O motorista responde que aceita Pix e que não trabalha mais com essa função que permite o passageiro pagar pela corrida em um outro dia.

Quando Giovana informa ele de que não seria possível fazer o pagamento via Pix, Luiz pede para que elas desçam do veículo e solicitem um novo motorista.

É quando a empresária abre a porta do carro para a mãe descer e afirma: “Nossa, Luiz, mas você é um filho da put* mesmo, né?!”, cuspindo no ombro do homem, em sequência.

Da mesma forma, o motorista devolve o xingamento e cospe em Giovana, que saí do carro desferindo insultos ao homem. Ele desce do veículo e a discussão continua do lado de fora.

Luiz divulgou a gravação nas redes sociais dois dias após o ocorrido e escreveu: “A caloteira de Uber tentando me dar um golpe, vamos deixar ela famosinha”.

Giovana se pronuncia

Após a repercussão, Giovana publicou um vídeo se posicionando sobre o caso. “Foi uma situação extremamente infeliz, terrível. Foi uma situação que foi de uma provocação mútua, mas na qual eu perdi a razão”, afirmou.

“O que eu fiz foi terrível, ele respondeu na mesma medida, foi uma troca de violências reciprocas, mas eu sinto muito por ter feito isso. E eu me arrependi não só agora, neste momento, mas me arrependi instantaneamente quando eu saí do carro e percebi o que tinha acontecido, sabe?! Eu já me senti extremamente envergonhada daquilo. Nesse momento, então, me sinto assim, sem chão, sabe?”, explicou.

“Tô gravando esse vídeo também para dizer que o que acontece entre duas pessoas que se desentendem muitas vezes tem mais a ver com o que as pessoas estão vivendo antes daquilo. Tenho certeza que ele deveria estar tendo um dia muito difícil também para ter tido aquela atitude grosseira”, justificou.

Pouco tempo após a publicação do vídeo, Giovana apagou todos os posts de sua rede social, devida às críticas que estava recebendo nos comentários.

“ESCLARECIMENTO”⚠️ 🤨

Giovana Ogando, dona da cafeteria Evoé, em Goiânia, pronunciou-se após viralizar o vídeo em que ela aparece cuspindo em um motorista de Uber com quem ela se desentendeu. pic.twitter.com/uZFaieFbHR

— Não Foi Acidente (@OficialNFA) August 20, 2023

Ex-sócio comenta sobre atitude de Giovana

Com a repercussão, o ex-sócio de Giovana e um dos idealizadores da Evoé Cafeteria publicou um vídeo falando sobre como era a Giovana no ambiente de trabalho.

Renato Costa, barista e ex-sócio de Giovana, afirma ter sofrido vários abusos enquanto trabalhava com a empresária, além de presenciar agressões físicas e verbais contra outros funcionários.

“Sempre que havia um pequeno problema, ela se dirigia ao fundo do lote e quebrava louças no muro. Uma atitude que amedrontava a equipe em plena jornada de trabalho”, afirmou.

Renato conta ainda que sua demissão aconteceu após exigir uma pausa como o único cozinheiro no café e a contratação de novos profissionais para que a demanda fosse atendida sem sobrecarga.

“Por isso, convido todos a relatarem casos de abuso que sofreram nas dependências do Evoé e aos trabalhadores do transporte por aplicativo à se manifestarem publicamente”, pediu.

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Uma publicação compartilhada por Renato Silveira Costa (@recostajornal)