Vasco vence na Justiça e confirma realização de jogo contra o Sport no Maracanã

O Vasco obteve uma decisão favorável na Justiça e confirmou, na noite desta segunda-feira, que o jogo contra o Sport, no domingo, será disputado no Maracanã. A diretoria vascaína precisou ir aos tribunais para conseguir a permissão de jogar no estádio porque o Consórcio Maracanã, do qual o Flamengo é permissionário e o Fluminense interveniente […]

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Fluminense e Corinthians se enfrentam esta noite no Estádio do Maracanã. (Foto: reprodução, X)

O Vasco obteve uma decisão favorável na Justiça e confirmou, na noite desta segunda-feira, que o jogo contra o Sport, no domingo, será disputado no Maracanã. A diretoria vascaína precisou ir aos tribunais para conseguir a permissão de jogar no estádio porque o Consórcio Maracanã, do qual o Flamengo é permissionário e o Fluminense interveniente anuente, não queria liberar o local para uso.

“O Vasco da Gama informa que, por decisão judicial, o jogo contra o Sport Club de Recife no próximo domingo, 03 de Julho, 16h, foi confirmado para o estádio do Maracanã, como pleiteava o clube e ansiava sua torcida”, informou o time, adicionando que já solicitou a formalização da alteração do local da partida pela CBF e está tomando as providências necessárias para a venda antecipada de ingressos.

A decisão judicial foi tomada pelo juiz Alessandro Oliveira Felix, da 51ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio. Ele argumentou que o Maracanã é um bem público do Rio de Janeiro e afirmou que o Flamengo, opositor da utilização do estádio pelo Vasco e réu no processo, é “mero permissionário, não proprietário”. Além disso, estabeleceu uma multa de R$ 2 milhões ao Flamengo caso a determinação seja descumprida.

Nem todas as resoluções foram favoráveis aos vascaínos. A diretoria também desejava reduzir o valor do aluguel e pediu o mesmo preço feito ao Fluminense para usar o local, mas Felix manteve o valor de R$ 250 mil, assim como na ocasião em que o Vasco jogou no Maracanã contra o Cruzeiro, no dia 12 de junho.

A partida diante dos cruzeirenses recebeu mais de 60 mil torcedores, por isso o Vasco se animou com a ideia de utilizar o Maracanã mais vezes e fez a solicitação para mandar lá o duelo com o Sport. Apesar do sucesso de público, o Vasco fez várias queixas ao consórcio, como a falta de participação na receita dos bares e a quantidade de ingressos disponíveis, além da questão do valor do aluguel.

O pedido para jogar contra o Sport no estádio foi feito no dia 15 de junho, e a negativa veio seis dias depois, dia 21. Foi aí que a diretoria vascaína acionou a Casa Civil do governo estadual, antes de procurar a Justiça, na sexta. O Consórcio utilizou várias justificativas para tentar impedir a realização da partida, como o fato de o Fluminense enfrentar o Corinthians um dia antes da partida entre Vasco e Sport. Segundo o grupo, o gramado não teria condições de jogo na tarde seguinte.

Outra argumento do consórcio foi de que o limite de no máximo dez jogos por mês previsto para o Maracanã seria ultrapassado, já que Flamengo e Fluminense podem ter o número de partidas ampliado caso avancem na Copa do Brasil. Já o Vasco apontou que o máximo não passaria de nove. Além disso, defendeu que o veto iria contra a isonomia prevista no contrato de concessão, como citado na decisão desta segunda.

“O local pretendido é bem público do Estado do Rio de Janeiro e, em 2019, foi outorgada permissão de seu uso ao Flamengo e ao Fluminense. Evidente que o Termo de Permissão vincula obrigatoriamente as partes. Em seu item 03, o referido Termo determina que ‘observada a disponibilidade de datas, será permitido aos demais clubes do Estado do Rio de Janeiro realizar partidas oficiais no Maracanã’”, diz o trecho.

Dono de 30 pontos na Série B e brigando pelas primeiras posições, o Vasco teve uma segunda agitada nos bastidores. Em meio a todo o imbróglio com os flamenguistas, a diretoria concluiu a assinatura de contratos do acordo com a 777 Partners pela compra de 70% da futura Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube por R$ 700 milhões e a assunção de suas dívidas em até R$ 700 milhões. Agora, a oferta segue para a Comissão de Estudos do Conselho Deliberativo para avaliação.

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