Ministro Anderson Torres concede medalha indigenista a Bolsonaro e a si mesmo

Em 2020 Bolsonaro chegou a vetar a obrigação do poder público de fornecer água potável, materiais de higiene e leitos hospitalares a indígenas durante a pandemia

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, resolveu conceder a Medalha do Mérito Indigenista ao presidente Jair Bolsonaro e a si próprio, conforme portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira.

A condecoração será feita “como reconhecimento pelos serviços relevantes em caráter altruísticos, relacionados com o bem-estar, a proteção e a defesa das comunidades indígenas”, apesar das recorrentes ações do governo – lideradas ou apoiadas pelo presidente Jair Bolsonaro – que contrariam os interesses desses povos, como a defesa do projeto em tramitação no Congresso que libera a mineração em terras indígenas.

Em 2020, para citar outro exemplo, Bolsonaro chegou a vetar a obrigação do poder público de fornecer água potável, materiais de higiene e leitos hospitalares a indígenas durante a pandemia de covid-19. Depois, o veto foi derrubado pelo Congresso.

De acordo com o Diário Oficial da União, a Medalha do Mérito Indigenista é concedida a outras 24 autoridades, incluindo os ministros do governo Bolsonaro Braga Netto (Defesa), Tereza Cristina (Agricultura), Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), Augusto Heleno (Segurança Institucional), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), João Roma (Cidadania), Marcelo Queiroga (Saúde) e Bruno Bianco Leal (Advocacia-Geral da União).

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