Moradores do estado Paraná (RS) foram surpreendidos, na última sexta-feira (23), com o recebimento de mensagens de texto, via SMS, com teor golpista e anti-democrático do número usado por serviços públicos digitais do governo do Paraná.

O texto também trazia ameaças ao STF (Supremo Tribunal Federal) e eram em apoio a reeleição do presidente Jair Bolsonaro. A situação tem sido fortemente compartilhada pelos usuários nas redes sociais. A Polícia Civil do Paraná abriu investigação para apurar os disparos em massa.

Em nota, o Governo do Paraná, comandado por Ratinho Jr., do PSD, aliado de Bolsonaro, admitiu que houve disparo em massa de SMS, que dados de cidadãos que usaram serviços públicos foram usados e culpou uma “empresa terceirizada”, a Algar Telecom, e que a Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do estado (Celepar) notificou a responsável. Disse também que repudia “qualquer tentativa de uso político ou manifestação antidemocrática”, e que o caso já está sendo investigado.

Disparos em massa sem consentimento dos destinatários são proibidos pelo Tribunal Superior Eleitoral desde 2021. Além disso, a lei eleitoral também proíbe doações ou venda de cadastros às campanhas.

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) comunicou neste sábado (24) o Ministério Público Eleitoral sobre os disparos em massa de mensagens com teor golpista em apoio à candidatura do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo o tribunal, relatos de pessoas que receberam o SMS foram registrados no Paraná. Caberá, agora, ao MP decidir se abre um procedimento para apurar o caso.