Diretora de escola em SC é hostilizada após tocar hino da Venezuela para acolher imigrantes

O hino do país vizinho é executado uma vez por mês na instituição de ensino.

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(Foto: Divulgação)

Após executar o hino da Venezuela em escola municipal de Capivari de Baixo, no sul de Santa Catarina, relatou estar sofrendo ataques nas redes sociais após executar o hino da Venezuela em projeto de acolhimento para estudantes imigrantes.

O hino do país vizinho é executado uma vez por mês na instituição de ensino e o objetivo é acolher os 32 alunos venezuelanos que estudam na unidade.

O município recebeu imigrantes venezuelanos e há, inclusive, uma casa cedida a essas famílias estrangeiras por meio de um projeto da Igreja Católica. Assim, a escola iniciou programas para integração dessas crianças.

Porém, após a primeira execução do hino da Venezuela, a diretora se deparou com comentários ofensivos nas redes sociais e declarou estar decepcionada com as críticas. “Não recebi ameaças contra mim e à escola, mas foram críticas pesadas. Falaram que iam denunciar ao Ministério Público, pedir minha exoneração. Comentários do tipo ‘quem foi o palhaço que foi inventar isso?’… coisas nesse nível”, relatou, ao UOL, Cláudia da Rosa Nascimento Lopes.

Entretanto, por enquanto, ela afirma que não irá registrar boletim de ocorrência. “Crítica é crítica, todo mundo tem direito a fazer”, justifica, disse, acrescentando que o setor jurídico da escola acompanha o caso.

Por fim, ela pontua que nada será alterado e que o projeto de acolhimento irá continuar. “Falta muita empatia, né? Amor ao próximo, independente de religião, política, nacionalidade”, desabafou Joelma.

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