‘Não me sentia dono’ da casa noturna, diz sócio da Boate Kiss em julgamento
Na noite da tragédia, Mauro havia passado na boate cedo, e ido pra casa. Foi avisado pelo sócio Elissandro sobre o incêndio, e voltou correndo para a Kiss
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Terceiro réu a depor em julgamento da Boate Kiss, Mauro Hoffmann disse, na tarde desta quinta-feira (9), que “não se sentia dono” da casa noturna. Ele e seu parceiro Elissandro, donos da boate, são acusados pelo incêndio, morte de 242 pessoas e 636 tentativas de homicídio da Kiss.
Mauro entrou como sócio da boate em 2011. Assim que entrou, ele disse que pagou R$ 200 mil à vista e seis parcelas de R$ 50 mil, porém quem administrava e tocava o negócio era o seu sócio, Elissandro Spohr. Quando adquiriu a parte da boate, ele não sabia que a casa era alvo do Ministério Público devido ao som alto que foi inclusive um dos motivos da reforma, momento em que Mauro preferiu deixar a sociedade, mas sem sucesso.
O dia do incêndio
No dia do incêndio, Hoffmann disse ter passado na boate cedo, quando se preparava para dormir, seu telefone tocou com Elissandro avisando sobre o incêndio e pedindo ajuda. Mauro voltou imediatamente para a boate.
“Chego lá em cima a situação era terrível. Era muita fumaça, as pessoas trancaram muito no [ponto de] táxi. Uma tragédia é uma sucessão de pequenas coisas. Tudo atrapalhou. Mas o que mais atrapalhou foram os táxis”. Ele descreveu que as pessoas se amontoavam na saída da boate, onde havia um ponto de táxi.
Mauro disse que não se considerava dono da Kiss
“Eu não me apresentei como dono de boate. Olha, o Kiko era o Kiko da Kiss, nunca me intitulei dono da Kiss. Eu não me sentia dono, eu era sócio.” Mauro disse em outro momento que nem a chave do local ele tinha. Ele permaneceu na frente da boate até por volta das 5h30 e, nesse meio tempo, ouviu que Spohr já havia deixado o local.
O último réu a ser ouvido será Marcelo de Jesus, vocalista da banda e responsável por iniciar o fogo na casa noturna.
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