Guedes diz que inflação vai subir no Brasil e que teme impacto de risco político

Ele disse que há no País uma “turma” que perdeu as eleições de 2018, mas “não aceita o resultado”

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Agência Brasil
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira, durante entrevista à TV Bloomberg, nos Estados Unidos, que a inflação no Brasil vai subir, mas que haverá crescimento neste ano e em 2022. Um ano antes das eleições presidenciais, o chefe da equipe econômica também afirmou que teme o impacto do risco político nos mercados financeiros.

“Sim, a inflação vai subir, mas a política monetária está lá para conter a alta de preços”, respondeu Guedes a uma pergunta sobre a pressão inflacionária no País. Segundo o ministro, metade da inflação brasileira vem atualmente dos preços de alimentos e da energia.

Guedes declarou que o Brasil tem um democracia “vibrante”, mas que há muito “barulho político”. Ele disse que há no País uma “turma” que perdeu as eleições de 2018, mas “não aceita o resultado”, em uma sugestão de que opositores tentam sabotar o governo.

Durante a entrevista, o ministro criticou as projeções para a economia brasileira, disse que as estimativas se provarão erradas e previu que o Produto Interno Bruto (PIB) do país crescerá 5,5% este ano. “Crescimento não será problema. O problema é a inflação”, declarou.

No Relatório de Mercado Focus mais recente, divulgado nesta segunda-feira, 11, houve manutenção da mediana das previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2021, em 5,04%, mesma estimativa de quatro semanas atrás. Já o Fundo Monetário Internacional reduziu um pouco a projeção do crescimento do Brasil para 2021, da estimativa de 5,3% divulgada em julho para 5,2% agora.

De acordo com Guedes, o Brasil terá uma recuperação forte, após os efeitos da pandemia de covid-19, porque o avanço da vacinação permitirá que as pessoas voltem ao trabalho de forma segura. Ele também disse que a estrutura regulatória do País mudou e que, por isso, o Brasil está agora “aberto a negócios”.

Guedes está nos EUA para participar de reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do grupo das 20 maiores economias do mundo (G20), do qual o Brasil faz parte. Mais cedo, o ministro também concedeu uma entrevista à CNN Internacional e falou sobre inflação, crescimento, pandemia e vacinação, empresas de offshore e o plano de crescimento verde para o País, que será apresentado na COP26, na Escócia, no mês que vem.

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