Brasil tinha 13,656 milhões de desempregados no trimestre até agosto, diz IBGE
A taxa de desemprego passou de 14,6% no trimestre encerrado em maio para 13,2%
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O País tinha 13,656 milhões de desempregados no trimestre encerrado em agosto, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, a taxa de desemprego passou de 14,6% no trimestre encerrado em maio para 13,2% no trimestre terminado em agosto.
O total de desocupados caiu 7,7% em relação ao trimestre móvel terminado em maio, com 1,139 milhão de pessoas a menos em busca de uma vaga. Em relação ao trimestre móvel encerrado em agosto de 2020, o número de desempregados caiu 1,0%, com 137 mil pessoas a menos na fila do desemprego.
Segundo Adriana Beringuy, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, a queda “significativa” no contingente de desempregados, especialmente na comparação com o trimestre móvel imediatamente anterior, se explica pelo avanço na ocupação, com geração de vagas formais e informais.
“A ocupação, tanto na comparação com o trimestre (móvel anterior) quanto no ano, foi o que permitiu a queda da taxa de desocupação. Houve uma expansão na ocupação que conseguiu fazer com que a taxa de desocupação cedesse”, afirmou Beringuy.
População fora da força de trabalho
A população fora da força de trabalho somou 73,371 milhões de pessoas no trimestre encerrado em agosto, 2,433 milhões a menos que no trimestre móvel imediatamente anterior.
Em relação ao mesmo período de 2020, a população fora da força diminuiu em 5,770 milhões de pessoas, queda de 7,3%.
Detalhamento da ocupação
Ainda de acordo com o IBGE, o País tinha 90,188 milhões de trabalhadores ocupados, entre formais e informais, no trimestre encerrado em agosto.
A população ocupada aumentou em 4,0% em um trimestre, o que indica a abertura de 3,480 milhões de postos de trabalho, entre formais e informais, na comparação com o trimestre móvel encerrado em maio. Em relação a um ano antes, o total de ocupados cresceu 10,4%, indicando a criação de 8,522 milhões de postos de trabalho, entre formais e informais.
Com isso, o nível da ocupação (porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi de 46,8% no trimestre encerrado em agosto de 2020 para 50,9% no trimestre até agosto de 2021.
Segundo Adriana Beringuy, houve aumento “bastante significativo” da ocupação, com geração de vagas formais e informais, num cenário de acentuação de um movimento que já vinha sendo observado nos trimestres móveis anteriores ao período encerrado em agosto, marcado para retomada gradual da normalidade nas atividades econômicas, em meio ao avanço da vacinação contra covid-19.
Apesar do aumento “bastante significativo” na ocupação em termos quantitativos, especialmente na comparação com o trimestre móvel até agosto de 2020, a pesquisadora do IBGE fez duas ressalvas. A primeira é que, do ponto de vista estatístico, a forte alta de 10,4% na população ocupada, ante um ano antes, se dá sobre uma base de comparação deprimida. No trimestre até agosto de 2020, a população ocupada atingiu os níveis mais baixos da série histórica da Pnad, iniciada em 2012, um ponto “bastante deprimido”.
A segunda ressalva feita por Adriana tem a ver com a qualidade da retomada da ocupação. Segundo a pesquisadora, “indicadores associados” à ocupação ainda apresentam um quadro “desfavorável” O destaque negativo são os indicadores de formalização do trabalho e do rendimento médio do trabalhador.
“Há um predomínio ou uma importância muito acentuada do trabalho informal nesse processo de recuperação. Inclusive, é um dos motivos para a queda do rendimento”, afirmou Adriana, referindo-se ao tombo de 10,2% no rendimento médio real do trabalhador.
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