Suspeito de envolvimento no caso Marielle é preso em casa de luxo no Rio

O Ministério Público do Rio de Janeiro, ao lado de agentes da Corregedoria do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil, deflagrou hoje (10) uma operação para prender o bombeiro Maxwell Simões Correa – conhecido como Suel – “por atrapalhar de maneira deliberada” as investigações dos assassinatos da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson […]

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O Ministério Público do Rio de Janeiro, ao lado de agentes da Corregedoria do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil, deflagrou hoje (10) uma operação para prender o bombeiro Maxwell Simões Correa – conhecido como Suel – “por atrapalhar de maneira deliberada” as investigações dos assassinatos da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, que foi detido junto a outras quatro pessoas já denunciadas ao Judiciário.

Segundo as investigações, no dia 13 de março de 2019, um dia depois das prisões dos ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, denunciados como autores dos crimes, Maxwell e outros quatro denunciados ajudaram a ocultar armas de fogo de uso restrito e acessórios pertencentes a Ronnie, que estavam armazenados em um apartamento no bairro do Pechincha utilizado pelo ex-policial e em locais ainda desconhecidos.

De acordo com o MP-RJ, Maxwell cedeu o veículo utilizado para guardar o vasto arsenal bélico pertencente a Ronnie, entre os dias 13 e 14 de março de 2019, para que o armamento fosse, posteriormente, lançado ao mar.

Suel foi preso em sua casa pela força-tarefa, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. O imóvel é de luxo, com três andares, e está avaliado em quase dois milhões de reais. Um carro da marca BMW foi apreendido.
A operação Submersus 2 cumpre também mandados de busca e apreensão em dez endereços na cidade do Rio de Janeiro ligados a Maxwell e aos outros quatro investigados, presos durante a operação Submersus: Elaine Pereira Figueiredo Lessa, esposa de Ronnie; Bruno Pereira Figueiredo, cunhado de Ronnie; José Marcio Mantovano e Josinaldo Lucas Freitas.

“A obstrução de Justiça praticada pelo denunciado, junto aos outros quatro denunciados, prejudicou de maneira considerável as investigações em curso e a ação penal deflagrada na ocasião da operação ‘Submersus’, na medida em que frustrou cumprimento de ordem judicial, impedindo a apreensão do vasto arsenal bélico ali ocultado e inviabilizando o avanço das investigações. A arma de fogo utilizada nos crimes ainda não foi localizada em razão das condutas criminosas perpetradas pelos cinco denunciados, cabendo ressaltar que Maxwell ostentava vínculo de amizade com os acusados dos crimes e com os denunciados Josinaldo Lucas Freitas e José Márcio Mantovano”, ressaltou a nota oficial sobre a operação.

A decisão foi proferida pelo Juízo da 19ª Vara Criminal da Comarca da Capital, informou o MP-RJ, em nota. (Com informações da Agência Estado)

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