Roubos de carga e acidentes em rodovias caem no Brasil, diz ministro

O isolamento social em vigor no Brasil diminuiu o tráfego de veículos nas estradas e, com isso, caíram também os números relacionados a roubo de carga e acidentes nas rodoviais federais. Os dados foram informados pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (13), no Palácio do Planalto, […]

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O isolamento social em vigor no Brasil diminuiu o tráfego de veículos nas estradas e, com isso, caíram também os números relacionados a roubo de carga e acidentes nas rodoviais federais. Os dados foram informados pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (13), no Palácio do Planalto, para atualizar as ações do governo federal relacionadas à pandemia do novo coronavírus.

Segundo Moro, citando dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), os roubos de carga caíram 19%, entre os dias 11 de março e 12 de abril deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. A queda no roubo a ônibus foi ainda maior: 49%, segundo a mesma comparação. O número de acidentes nas rodoviais federais caiu 28%. No caso dos acidentes graves, a redução foi de 23%. O número de óbitos no último mês caiu 7% em relação a 2019 e o número de pessoas feridas nos acidentes registrou queda de 30%.

“Isso pode ser atribuído à diminuição do tráfego nas rodovias federais, que gera dificuldades logísticas e de planejamento a esses criminosos”, disse o ministro. Moro destacou que a redução do número de mortes e pessoas feridas também diminuiu a pressão sobre o sistema de saúde, já que reduz a demanda, por exemplo, por leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs), essenciais na hospitalização de pessoas infectadas por covid-19.

Criminalidade

Sobre os índices de criminalidade, em geral, o ministro Sergio Moro disse que tem recebido informes diferentes dos estados, alguns com aumento da criminalidade e outros com registro de queda, e que ainda não é possível concluir se, durante a pandemia, as estatísticas de violência serão, de fato, reduzidas no país. A preocupação, segundo ele, é com a prática de outros tipos de crime, principalmente pela internet, os chamados crimes cibernéticos. Sobre isso, Moro disse que a atuação da pasta é prestar apoio, via Polícia Federal, para prevenir fraudes, por exemplo, no programa de auxílio emergencial a trabalhadores informais.

“Estamos direcionando a ação da Polícia Federal para uma atuação proativa juntamente com a Caixa Econômica Federal e o Ministério da Cidadania para prevenir que este importante instrumento de transferência de renda seja submetido a fraude por pessoas inescrupulosas nesse momento”, afirmou.

Sistema penitenciário

Sergio Moro também comentou sobre a infecção de detentos pelo novo coronavírus. Nos últimos dias, foram registrados casos no Distrito Federal, no Pará e no Ceará. No caso do DF, já subiu para 23 o números de presos infectados e para 20 o de agentes penitenciários diagnosticados com a covid-19, segundo a última atualização da Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe).

“A situação se encontra ainda absolutamente sob controle, tomando cuidados necessários para que, se forem encontrados presos com sintomas ou positivados com a infecção, eles sejam isolados”, afirmou o ministro.

Segundo o Ministério da Justiça, a população carcerária do Brasil é de 752 mil detentos em 1.412 unidades prisionais. Outros 15 mil estão presos em delegacias. O sistema também conta com 7.344 profissionais de saúde e 83 mil servidores prisionais.

No caso de novas pessoas presas pela polícia em meio à pandemia, o ministro explicou que o protocolo que têm sido adotado pelas forças de segurança estaduais e federais é a separação desses detentos para um período de quarentena em espaços carcerários específicos, antes que eles possam conviver com os demais detentos que estão encarcerados há mais tempo.

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