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Brasil

Pará: PF mira fraude de R$ 73 mi na compra de cestas básicas pelo governo

Uma força-tarefa de agentes da Polícia Federal, Controladoria-Geral da União e Receita Federal está nas ruas na manhã desta quinta-feira, 18, para cumprir 15 mandados de busca e apreensão em Belém, Ananindeua e Salinópolis, no Pará, e na capital paulista no âmbito da Operação Solercia. A ação foi degradada para colher provas em uma investigação […]
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(Imagem ilustrativa)
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Uma força-tarefa de agentes da Polícia Federal, Controladoria-Geral da União e Receita Federal está nas ruas na manhã desta quinta-feira, 18, para cumprir 15 mandados de busca e apreensão em Belém, Ananindeua e Salinópolis, no Pará, e na capital paulista no âmbito da Operação Solercia.

A ação foi degradada para colher provas em uma investigação que apura supostas irregularidades na contratação, por órgãos e secretarias do governo paraense, de um grupo de empresas fornecedoras de produtos alimentícios.

As investigações tiveram início após a imprensa noticiar suspeitas de fraudes em um contrato no valor de de R$ 73.928.946 firmado pela Secretaria de , em março deste ano por meio de dispensa de licitação, para aquisição de cestas de alimentação escolar para famílias de alunos da rede estadual de ensino, como medida de enfrentamento à pandemia da Covid-19.

A contratação acabou sendo cancelada, mas auditores descobriram que a empresa vencedora faz parte de um grupo de três companhias, possivelmente constituído em nome de testas de ferro com o objetivo de firmar contratos junto ao Governo do Pará há pelo menos cinco anos. Nesse período, os pagamentos recebidos pelas empresas somam mais de R$ 50 milhões, segundo os investigadores. De acordo com a Controladoria-Geral da União, há indícios de que o esquema foi organizado por grandes empresários do setor alimentício do Estado.

Os investigados podem responder por crimes previstos na Lei de Licitações, falsidade ideológica, associação criminosa, passiva e ativa e .

Na mira da PF

Há uma semana, o próprio governador do Estado, Helder Barbalho (MDB), foi alvo da Operação Para Bellum que investiga supostas fraudes na compra de R$ 50,4 milhões em 400 respiradores também sem licitação. Os 152 equipamentos entregues no primeiro lote apresentaram falhas técnicas durante o processo de instalação, não puderam ser usados e foram devolvidos.

Segundo apurado pelo Estadão, mensagens extraídas do celular do empresário que forneceu os respiradores sob suspeita revelam que Barbalho o chama de ‘amigo’. Os indícios de ‘relação próxima’ entre a dupla também foram destacados pelo ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça, e pela Procuradoria-Geral da República.

A casa de Barbalho foi alvo de buscas e a Justiça também determinou o bloqueio de R$ 25 milhões de Barbalho e outros sete investigados.

O governo nega irregularidades. “O recurso pago na entrada da compra dos respiradores foi ressarcido aos cofres públicos por ação do Governo do Estado. Além disso, o Governo entrou na justiça com pedido de indenização por danos morais coletivos contra os vendedores dos equipamentos. O Governador Helder Barbalho não é amigo do empresário e, obviamente, não sabia que os respiradores não funcionariam”, disse, em nota, o governo na ocasião.

COM A PALAVRA, A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO PARÁ

“A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informa que a própria Secretaria de Educação cancelou imediatamente o contrato com a empresa, quando tomou conhecimento da denúncia e não houve nenhum pagamento, portanto nenhum prejuízo ao erário público.”

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