Magazine Luiza e empresas estrangeiras querem comprar Correios, diz ministro

Ministro ressaltou que futura controladora deverá manter atendimento em todo o País

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A privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) pode estar mais próxima de sair do papel. Segundo a CNN Brasil, a rede varejista Magazine Luiza e a empresa americana de logística FedEx estão interessadas em adquirir esse ativo.

A alemã DHL é outra que está no páreo. A informação foi antecipada pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria.

“O importante é que já tem cinco players interessados. A Magalu é uma delas, a DHL, FedEx… já tem grupos interessados na aquisição dos Correios. Não teremos um processo de privatização vazio”, disse o ministro, em uma transmissão ao vivo da plataforma de investimento Traders Club.

Apesar disso, qualquer que seja a empresa que adquirir a estatal, o governo vai tornar obrigatório que todo o território nacional continue a ser atendido.

“Quem vai estabelecer as diretrizes e parâmetros é o Congresso e a consultoria. Todos esses temas serão debatidos lá. Continuará atendendo em Tabatinga, Santarém e Caxias do Sul? Isso será decidido em conjunto”, afirmou.

Faria aproveitou para criticar a mais recente greve dos Correios. “Se a empresa fosse privada, não teria esse problema”, frisou.

Procurada pela CNN, a Magazine Luiza preferiu não se manifestar.

Em espera

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) encarregou o consórcio Postar para realizar os estudos de privatização dos Correios.

O consórcio é formado pela consultoria Accenture e pelo escritório Machado, Meyer, Sendacz, Opice e Falcão Advogados.

Advogados e consultores vão buscar alternativas de parcerias com a iniciativa privada para a gestão do serviço postal no Brasil. Isso pode significar uma privatização parcial ou total dos Correios.

A escolha do consórcio é uma das primeiras etapas de uma privatização. A partir daí é feita a “modelagem” do processo e só depois o leilão. No caso dos Correios, a venda parcial ou total deve ocorrer no ano que vem.

Não é de hoje que a privatização da estatal vem sendo discutida. O assunto chegou a surgir durante o governo de Michel Temer (MDB), mas não avançou.

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