‘Fake’: notícia de que o nº total de mortos caiu no país é falsa

Diante de uma pandemia que já matou mais de 11 mil pessoas da doença relacionada ao coronavírus no Brasil, circula na internet uma informação falsa de que o número de óbitos totais no País teria “caído” em 15 mil no mês passado, na comparação com o mesmo período de 2019. A publicação, no entanto, confunde […]

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Diante de uma pandemia que já matou mais de 11 mil pessoas da doença relacionada ao coronavírus no Brasil, circula na internet uma informação falsa de que o número de óbitos totais no País teria “caído” em 15 mil no mês passado, na comparação com o mesmo período de 2019. A publicação, no entanto, confunde os leitores ao usar informações desatualizadas, de acordo com reportagem do Uol.

“Vocês já imaginaram a seguinte manchete amanhã: ‘Número de óbitos no Brasil em abril reduz 15.000 em relação ao ano anterior’? A notícia é verdadeira, mas você nunca vai vê-la na mídia”, diz o texto, publicado originalmente no Facebook, mas  replicado em outras plataformas. A fonte, segundo o autor da postagem, é o CRC Nacional (Central Nacional de Informações do Registro Civil), com as estatísticas divulgadas até 29 de abril.

Na verdade, o número de óbitos no Brasil foi superior nos quatro primeiros meses de 2020, em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados do próprio CRC. Em abril de 2020, houve o registro de 101.819 óbitos em todo o Brasil, 2.162 mortes a mais do que no mesmo mês em 2019, quando morreram 99.657 pessoas — uma elevação de 2,1% no número de óbitos no quarto mês do ano.

O aumento ocorreu também em janeiro (cerca de 1%), em fevereiro (0,2%) e em março (7%), na comparação de 2020 com 2019. Logo, não é correto dizer que houve queda de 15%, com cerca de 15 mil mortos a menos, em relação ao ano anterior.

De acordo com a publicação falsa, houve uma queda de 2% no número de óbitos no Brasil nos quatro primeiros meses deste ano em relação ao ano passado. No entanto, ocorreram pelo menos 10 mil mortes a mais nesse período — 387,9 mil contra 377,9 mil (um aumento de 2,6%).

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