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O Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 12,2 pontos em julho em relação a junho, alcançando 89,8 pontos. A elevação foi a segunda da série histórica do índice aferido pela Fundação Getulio Vargas, sendo que a maior, de 16,2 pontos, foi verificada entre maio e junho. Apesar dos avanços, o índice ainda está abaixo […]

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O Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 12,2 pontos em julho em relação a junho, alcançando 89,8 pontos. A elevação foi a segunda da série histórica do índice aferido pela Fundação Getulio Vargas, sendo que a maior, de 16,2 pontos, foi verificada entre maio e junho. Apesar dos avanços, o índice ainda está abaixo do nível pré-crise (101,4 pontos, em fevereiro).

A melhora do ICI foi generalizada, atingindo 18 dos 19 segmentos industriais pesquisados. De acordo com relatório da FGV, “o resultado decorre de melhor avaliação dos empresários em relação ao momento presente e, principalmente, diminuição do pessimismo para os próximos três e seis meses”. Houve também crescimento das médias móveis trimestrais, de 65,7 para 76,3, movimento que sucede quatro meses de queda.

Houve alta de 14,3 pontos no Índice de Expectativas (IE), que agora está em 90,5 pontos. Também subiu o Índice de Situação Atual (ISA), para 89,1 pontos, alta de 9,9 pontos. Nos três últimos meses, o IE recuperou 78% das perdas ocorridas entre março e abril, enquanto o ISA teve uma recuperação de 65%.

Na composição do IE houve retomada de grande parte das perdas passadas; produção prevista subiu 16,1 pontos e chegou a 99 pontos no total, recuperação de 99%. O indicador emprego previsto cresceu 16,5 pontos e agora está em 93,0, revendo 81% do perdido de março e abril.

“Em julho, a confiança da indústria de transformação segue avançando impulsionada pela diminuição do pessimismo para os próximos três meses. porém, os indicadores que medem a situação atual mostram que o grau de insatisfação com o momento presente permanece elevado. Nesse mês, chama a atenção os indicadores produção prevista e emprego previsto, sugerindo que, na opinião dos empresários, o terceiro trimestre tende a ser melhor do que o anterior. Contudo, o baixo patamar do indicador tendências dos negócios reflete cautela em relação à velocidade e consistência da recuperação, dada incerteza ainda muito elevada”, analisa Renata de Mello Franco, economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre-FGV).

A percepção sobre a demanda, que compõe o ISA, também melhorou. Os que consideravam a demanda fraca eram 14,2% antes e são 15% agora. Os que avaliavam a demanda fraca eram 49,4% e na analise atual atingiu 33,0%. O nível dos estoques subiu 8,8 pontos, de 81,4 pontos para 90,2 pontos. O índice da situação atual dos negócios também melhorou, subindo 8,0 pontos, de 79,0 para 87,0

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) avançou 5,7 pontos porcentuais, de 66,6% para 72,3%, estando abaixo 3,9 pontos porcentuais do visto em fevereiro e inferior 7,5 pontos porcentuais da média de janeiro de 2001 a março de 2020.

A edição de julho de 2020 da Sondagem da Indústria coletou informações de 1082 empresas entre os dias 1º e 25 deste mês. A próxima divulgação ocorrerá em 27 de agosto. A prévia deste resultado será divulgada no dia 20 do mês que vem.

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