Bolsonaro diz que sua gestão na pandemia de coronavírus foi “ímpar”

Em mais um evento com aglomerações, que desrespeitou regras sanitárias para evitar a transmissão do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quinta-feira (3) que teve uma “gestão ímpar” durante a pandemia de covid-19, publicou o site Fórum. Ele participava de evento em Eldorado, no Vale do Ribeira (SP). “Desde o começo […]

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Em mais um evento com aglomerações, que desrespeitou regras sanitárias para evitar a transmissão do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quinta-feira (3) que teve uma “gestão ímpar” durante a pandemia de covid-19, publicou o site Fórum.

Ele participava de evento em Eldorado, no Vale do Ribeira (SP). “Desde o começo assumi posição ímpar, não só dentro do Brasil, mas como chefe de Estado no mundo todo”, afirmou o capitão reformado. “Não vi um chefe de Estado tomar uma decisão como a minha”, declarou.

De fato. Enquanto boa parte dos países adotava quarentena e distanciamento social para evitar a propagação do vírus, Bolsonaro atacava essas medidas. Chamou a doença, que já matou mais de 120 mil brasileiros, de “gripezinha”. E defendeu o uso da cloroquina para tratá-la, mesmo sem haver comprovação científica da eficácia.

Aliás, essa defesa do uso da cloroquina foi um dos argumentos que Bolsonaro usou para qualificar sua gestão de ímpar.

O resultado foi que o Brasil é o segundo país com mais casos e mortes por covid-19 no mundo, perdendo apenas para os EUA. Aliás, o presidente estadunidense, Donald Trump, ídolo de Bolsonaro, também foi “negacionista” no início. Depois, usou o Brasil como exemplo de país que ia “mal” no combate à pandemia.

Auxílio emergencial

Além da defesa do uso da cloroquina, Bolsonaro destacou como parte de sua gestão ímpar a atenção à economia. “Sempre disse também que tínhamos dois problemas: o vírus e o desemprego”, afirmou.

E, como parte de sua argumentação, citou o auxílio emergencial, pago a quem perdeu renda por causa da pandemia. “Ele foi feito para durar três meses, prorrogamos por mais dois e fizemos uma proposta para o Congresso para que ele fique até o fim do ano com valor menor: R$ 300.”

O que Bolsonaro não disse é que sua proposta original era que o auxílio tivesse parcelas de R$ 200. O valor foi rejeitado pelo Congresso, com ação decisiva dos deputados da oposição, que trabalharam para que fosse elevado para R$ 600. Depois da cerimônia, o presidente iria visitar sua mãe, que mora em Eldorado. (Informações do site Fórum)

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