Tesouro espera que mercado de ETF se popularize

A expectativa é de que o mercado de fundos de índices (ETF, na sigla em inglês) no Brasil se desenvolva sem, necessariamente, uma nova participação do Tesouro Nacional, disse nesta segunda-feira, 20, o subsecretário de Dívida Pública do Tesouro Nacional, José Franco. Nesta segunda, foi lançado o ETF do Itaú Unibanco, atrelado à inflação, apoiado […]

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A expectativa é de que o mercado de fundos de índices (ETF, na sigla em inglês) no Brasil se desenvolva sem, necessariamente, uma nova participação do Tesouro Nacional, disse nesta segunda-feira, 20, o subsecretário de Dívida Pública do Tesouro Nacional, José Franco. Nesta segunda, foi lançado o ETF do Itaú Unibanco, atrelado à inflação, apoiado pelo Tesouro, que foi o responsável em estruturar a seleção dos gestores.

O Tesouro atuará como emissor, em favor do fundo, dos títulos (NTN-B) na mesma proporção da composição do Índice IMAB e no valor equivalente captado na oferta, na ordem de R$ 2 bilhões.

“A expectativa do Tesouro é de que depois desse lançamento o produto se popularize”, disse Franco.

Segundo ele, a intenção do Tesouro com o apoio para o lançamento desse produto tem mais relação com a educação financeiro. Ele disse que, na prática, haverá pouco efeito na gestão da dívida pública. Além disso, destacou, o produto também atende uma demanda dos fundos RPPS (Regime Próprio de Previdência Social) para o acesso ao Tesouro Direto e o ETF poderá ser utilizado agora por eles.

O diretor da Asset do Itaú, Arlindo Penteado, disse que a participação do banco nos ETFs de renda fixa “não termina aqui”.

Ele destacou também o forte sucesso desse produto na oferta inicial, que captou R$ 2 bilhões, muito além dos R$ 300 milhões previstos em prospecto. Segundo ele, novos lançamentos dependerão da demanda que for observada e o que se vê é que o crescimento pela procura por esses produtos vem na esteira da expansão de assessorias financeiras.

O ETF foi lançado com dois mil cotistas pessoas físicas. O Itaú já possui negociados em bolsa oito ETFs de renda variável, sendo o BOVV11 o mais famoso. A Asset do banco vê esse mercado de ETF de grande potencial no Brasil, com um crescimento anual de 18%, ante 12% da indústria local de fundos.

O fundo que começou a ser negociado hoje na B3 é o primeiro dentro da programa ID ETF do Banco Mundial, o qual foi desenhado para fomentar o desenvolvimento do mercado de capitais de países emergentes.

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