Senado aprova política de prevenção da automutilação e do suicídio
Assessoria O Plenário do Senado aprovou, em regime de urgência, o Projeto de Lei 1.902/2019, que institui a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio. A proposta prevê a notificações compulsórias desses casos e torna obrigatório o atendimento pelos planos e seguros de saúde. Também estabelece o atendimento telefônico gratuito. A medida, de […]
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Assessoria
O Plenário do Senado aprovou, em regime de urgência, o Projeto de Lei 1.902/2019, que institui a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio. A proposta prevê a notificações compulsórias desses casos e torna obrigatório o atendimento pelos planos e seguros de saúde. Também estabelece o atendimento telefônico gratuito. A medida, de autoria do ex-deputado Osmar Terra (atual ministro da Cidadania), deverá ser implementada pela União em cooperação com estados, Distrito Federal e municípios.
Suicídio crescente
Hoje o suicídio é a terceira maior causa de morte entre os adolescentes no Brasil. Segundo levantamento do Ministério da Saúde, houve 106.374 mortes por suicídio entre 2007 e 2016 no país. Os dados indicam que por dia, 32 pessoas se suicidam, o que representa, em média, 1 morte a cada 45 minutos. Os especialistas acreditam que cerca de 90% dos suicídios são evitáveis e a Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu a meta de reduzir em 10% os casos de mortes por suicídio até 2020.
Em Mato Grosso do Sul, de cada 100 mortes, 13 são por suicídio. Em 2017, o Corpo de Bombeiros de Campo Grande atendeu 925 tentativas de suicídio. Pelo menos metade desse total era de crianças e jovens entre 10 e 19 anos.
A senadora Simone Tebet (MDB-MS), que foi vice-presidente da CPI dos Maus Tratos de Crianças e Adolescentes no ano passado, lamentou o crescimento dos índices de suicídio e de cutting entre jovens brasileiros e elogiou a iniciativa do projeto. Para Simone, é preciso estar atento à educação dos jovens e crianças e prestar atenção no uso excessivo das redes sociais.
“Não sabemos sequer o que essa juventude está falando, ouvindo ou fazendo pelas redes sociais. O mundo das ‘baleias azuis’ leva ao bullying, ao constrangimento e a consequência são nossos jovens se cortando, se suicidando”, disse ao relembrar da tragédia de Suzano (SP) e alertou para os riscos da deap web causar.
“Este projeto é da mais alta relevância para tentar impedir essa epidemia que está matando nossos jovens, mais do que as doenças genéticas e hereditárias, talvez até que os acidentes de trânsito, que é essa epidemia do automutilamento e do suicídio”, disse.
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