Ônibus urbano e telefone fixo deixam Top 10 de itens com mais peso no IPCA

As mudanças na cesta de consumo das famílias nos últimos anos alteraram também o ranking de itens mais pesados no orçamento. A tarifa de ônibus urbano e a conta de telefone fixo deixaram o top 10 de itens com mais peso na inflação oficial do País, enquanto o gasto com emplacamento e licença e com […]

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Telefone fixo deixou lista dos 10 itens avaliados para compor a inflação. (Divulgação)
Telefone fixo deixou lista dos 10 itens avaliados para compor a inflação. (Divulgação)

As mudanças na cesta de consumo das famílias nos últimos anos alteraram também o ranking de itens mais pesados no orçamento. A tarifa de ônibus urbano e a conta de telefone fixo deixaram o top 10 de itens com mais peso na inflação oficial do País, enquanto o gasto com emplacamento e licença e com condomínio passaram a figurar entre as despesas mais pesadas.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira, 11, a nova ponderação que servirá como base para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no ano que vem. A primeira divulgação sob a nova ponderação será em fevereiro de 2020, referente a janeiro.

As mudanças levam em consideração os pesos referentes à Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2008/2009, mais especificamente do mês de janeiro de 2009, com as contribuições atualizadas para a ponderação referente a janeiro de 2018, tendo como base as despesas monetárias das famílias captadas pela POF de 2017/2018

O peso do ônibus urbano no IPCA passou de 2,5773% para 1,3020% na nova ponderação. A tarifa de telefone fixo, que pesava 1,7423% e era o décimo gasto mais importante no IPCA, agora virou plano de telefonia fixa, com contribuição de apenas 0,2852%.

O custo do emplacamento e licença estreia no ranking de dez maiores contribuição para a inflação com participação de 2,3287%, enquanto o condomínio aumenta sua importância para 2,2747%.

A gasolina assumiu a liderança como maior despesa, saindo de 4,2988% para 5,0794%. Em segundo lugar ficou a energia elétrica, que subiu de 3,5580% para 3,9594%. O terceiro subitem de maior peso é o aluguel residencial, que aumentou sua contribuição de 3,3734% para 3,8532% na nova ponderação.

O peso da refeição fora de casa passa de 4,1638% para 3,7647%, enquanto o plano de saúde sai de 2,8978% para 3,6279%. O empregado doméstico aumenta de 3,0331% para 3,1019%. O automóvel novo sai de 4,4020% para 3,1019%, e automóvel usado passa de 2,2965% para 2,1124%.

O peso do subgrupo veículo próprio no IPCA passa de 12,0323% para 11,6634% na nova ponderação. Ao mesmo tempo, o subgrupo transporte público no IPCA reduz de 4,50% para 3,16%.

O IPCA passa a captar o transporte por aplicativo, que não existia na POF anterior e estreia com peso de 0,21% na nova ponderação, e integração transporte público, com 0,07%.

“Dentro de transporte público tem dois novos itens, transporte por aplicativo, que barateou, às vezes sai mais barato que táxi, e a outra coisa é a integração de transporte público. A pessoa que tinha que pagar quatro passagens diferentes passa a pagar uma só”, lembrou Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE. “Hoje em dia, você consegue usar vários modais, pagando só um preço sobre eles”, complementou.

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