Desemprego elevado faz disparar o número de microempreendedores individuais

No ano passado foram abertas 2,6 milhões de novas empresas no País, uma quantidade 14% maior do que em 2017, segundo levantamento feito pela Boa Vista com base nos registros da Receita Federal. A maioria das novas companhias (77,3%) é formada por empresas no formato de Microempreendedor Individual (MEIs). São empresas praticamente de uma pessoa […]

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No ano passado foram abertas 2,6 milhões de novas empresas no País, uma quantidade 14% maior do que em 2017, segundo levantamento feito pela Boa Vista com base nos registros da Receita Federal. A maioria das novas companhias (77,3%) é formada por empresas no formato de Microempreendedor Individual (MEIs). São empresas praticamente de uma pessoa só, com faturamento anual de, no máximo, R$ 81 mil.

O aumento que houve no número de MEIs no ano passado em relação ao ano anterior foi 19,3%. É a maior variação no volume de novas MEIs desde 2013, quando o levantamento começou a ser realizado pela Boa Vista.

Flávio Calife, economista da Boa Vista e responsável pelo levantamento, acredita que o número de MEIs cresceu acima da média do número total de empresas abertas no mesmo período por causa da reação ainda muito lenta do mercado de trabalho na abertura de vagas destruídas pela crise. “O desemprego elevado sustentou a abertura de MEIs”, afirma.

Quando se avalia a composição das novas empresas por setor, o serviço liderou com 58,7%, seguido pelo comércio, com 32,9%. Calife diz que o serviço liderou porque esse é o setor mais flexível da economia. “Quem perde o emprego, abre uma consultoria”, exemplifica o economista.

Quanto às regiões do País, a maior fatia de aberturas de novas companhias está em regiões com maior atividade econômica, como o Sudeste ( 15,6%) e o Sul (14,9%). Já o a região Norte ficou na lanterna, respondendo por apenas 2,1% do total de empresas abertas no período.

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