Cobrada por liberação de agrotóxicos, Tereza Cristina diz que palavra final é da Anvisa

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, defendeu que a Câmara dos Deputados convoque representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para falar aos parlamentares sobre a aprovação de pesticidas e defensores agrícolas. A ministra foi cobrada por parlamentares sobre a liberação de tais produtos neste ano. Ela participou por mais de seis horas de […]

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A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, defendeu que a Câmara dos Deputados convoque representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para falar aos parlamentares sobre a aprovação de pesticidas e defensores agrícolas. A ministra foi cobrada por parlamentares sobre a liberação de tais produtos neste ano. Ela participou por mais de seis horas de uma audiência pública Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara.

A ministra afirmou que nos últimos anos o Brasil demorou muito tempo para analisar e aprovar substâncias que já eram usadas por outros países. “Nós demoramos tanto para aprovar essas moléculas que às vezes outros países retiram do uso por obsolescência, eles já não fazem mais efeito e entram novas moléculas. … O que o Brasil fez foi segurar uma lista enorme de produtos que muitas vezes países vizinhos já não estão mais usando. É muito simplista querer dizer que o Brasil está usando produtos que não poderiam estar sendo usados”, afirmou.

Diante das cobranças, Cristina fez questão de enfatizar por diversas vezes que a Anvisa é quem dá a palavra final sobre a liberação dos pesticidas e defensores agrícolas e que a avaliação passa também pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) além do próprio ministério da Agricultura.

“Vocês têm que chamar a Anvisa aqui. Eu fico inconformada quando ela serve para aprovar medicamentos, mas não é a mesma Anvisa para aprovar os pesticidas ou defensores, o nome que vocês quiserem dar”, disse.

Tereza disse ainda que há uma preocupação do Ministério da Agricultura de fazer com que a fila de substâncias que precisam ser analisadas e, eventualmente, aprovadas “realmente ande”. “Para que a gente tenha moléculas menos tóxicas, que possam atender às várias culturas que precisam utilizar esses defensivos e para que a gente possa capacitar o agricultor sobre a aplicação das substâncias. Esse é o maior desafio”, disse.

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