STF adia decisão sobre liberdade de preso na Operação Câmbio, Desligo

Um pedido de vista do ministro Ricardo Lewandowski adiou hoje (21) a decisão final sobre a validade da decisão individual do ministro Gilmar Mendes que concedeu, em junho, liberdade ao empresário Athos Roberto Albernaz Cordeiro, preso pela Polícia Federal (PF), na Operação Câmbio, Desligo. Ele é investigado pela suposta participação em um esquema de corrupção que atuava por meio…

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Um pedido de vista do ministro Ricardo Lewandowski adiou hoje (21) a decisão final sobre a validade da decisão individual do ministro Gilmar Mendes que concedeu, em junho, liberdade ao empresário Athos Roberto Albernaz Cordeiro, preso pela Polícia Federal (PF), na Operação Câmbio, Desligo. Ele é investigado pela suposta participação em um esquema de corrupção que atuava por meio de doleiros, durante a gestão de Sérgio Cabral no governo do Rio de Janeiro.

Não há data para retomada do julgamento, que é realizado pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

O colegiado começou a julgar o mérito da questão, em um recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Na sessão desta tarde, Gilmar Mendes manteve sua decisão anterior por entender que o acusado pode responder às acusações em liberdade. Segundo ele, não houve violência ou grave ameaça nas supostas condutas criminosas. Athos Cordeiro foi preso por determinação do juiz federal Marcelo Bretas.

Além do relator, Dias Toffoli também votou pela concessão da liberdade. Em seguida, Edson Fachin entendeu que a prisão deve ser mantida devido à gravidade das condutas, como indícios de lavagem de dinheiro e saques de dinheiro em espécie. Ele foi acompanhado por Celso de Mello, que não conheceu o recurso por razões processuais.

A Operação Câmbio, Desligo desarticulou um esquema de movimentação de ilícitos no Brasil e no exterior. As operações eram do tipo dólar-cabo, uma forma de movimentação paralela, sem passar pelo sistema bancário, de entrega de dinheiro em espécie, pagamento de boletos e compra e venda de cheques de comércio.

Durante o julgamento, a defesa do investigado sustentou que um dos delatores do suposto esquema de corrupção citou o nome de Cordeiro, mas ainda não foram identificados indícios de autoria nas supostas operações de câmbio.

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