Saída da Unasul é apelo para superar paralisia, diz Aloysio Nunes

  EBC O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, falou hoje em evento no Rio de Janeiro sobre a decisão do Brasil de suspender sua participação, juntamente com Argentina, Chile, Paraguai e Peru, na União das Nações Sul-Americanas (Unasul), comunidade que reúne 12 países da América do Sul. A decisão dos cinco países foi comunicada […]

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O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, falou hoje em evento no Rio de Janeiro sobre a decisão do Brasil de suspender sua participação, juntamente com Argentina, Chile, Paraguai e Peru, na União das Nações Sul-Americanas (Unasul), comunidade que reúne 12 países da América do Sul. A decisão dos cinco países foi comunicada em carta enviada ao presidente pró-tempore Fernando Huanacumi, chanceler da Bolívia.

Saída da Unasul é apelo para superar paralisia, diz Aloysio Nunes
O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, durante visita às dependências do Palácio do Itamaraty, após assinar acordo para recuperação do espaço e acervo da instituição.

 

“O que nós fizemos foi um apelo para que possamos superar os impasses que levaram à paralisia da Unasul. Há mais de ano estamos sem secretário-geral. Há um bloqueio ao indicado da Argentina para assumir a secretaria-geral. É um desperdício de oportunidades de integração. Um desperdício de dinheiro, porque são muitos funcionários e é um prédio magnífico. Mas não está sendo utilizado”, disse Aloysio.

 

A Unasul foi criada em 2008 com o objetivo de fortalecer as relações comerciais, culturais, políticas e sociais da região. Segundo o ministro, a comunidade precisa desenvolver ações na área da defesa, saúde e integração física, mas “não adianta manter como está”.

 

Na carta, os chanceleres dos cinco países alegam que a Unasul foi paralisada em janeiro de 2017 quando a Venezuela, a Bolívia, o Suriname e o Equador vetaram o nome do embaixador José Octávio Bordón, candidato argentino ao posto de secretário-geral. Desde então, não houve avanços nas negociações por um nome de consenso.

 

Palácio do Itamaraty

Nesta terça-feira, o Ministério das Relações Exteriores celebrou um acordo de cooperação técnica com o Instituto Pedra, entidade sem fins lucrativos que atua na gestão de patrimônios históricos, para restaurar o Palácio do Itamaraty, no centro de Rio de Janeiro.

 

A expectativa é que o espaço possa se tornar mais atrativo, para oferecer a visitantes acesso à informações da história brasileira e a atividades culturais. “Vamos criar um plano diretor para utilização mais eficiente do Palácio do Itamaraty, de modo a integrá-lo à cidade do Rio de Janeiro. Queremos atrair pessoas para conhecer, através do prédio, um pedaço importante da história do Brasil”, disse o ministro Aloysio Nunes.

 

O Palácio do Itamaraty foi fundado em 1855 por Francisco José da Rocha, conde do Itamarati. Após a proclamação da República em 1889, o edifício se tornou sede do governo. Dez anos mais tarde, quando a presidência foi transferida Palácio do Catete, o Palácio do Itamaraty passou a abrigar o Ministério das Relações Exteriores. Em 1970, a sede da diplomacia brasileira se mudou para Brasília, mas permaneceu como responsável pelo imóvel, onde mantém sua representação regional, além de um arquivo, uma biblioteca, uma mapoteca, um museu dedicado à história da diplomacia e um centro de documentação.

 

As instalações, no entanto, trazem vestígios de deterioração e o museu tem atraído apenas estudantes e pesquisadores. Segundo o ministro, o acordo prevê a avaliação do acervo existente e dos danos sofridos pelo edifício por desgaste natural, para então formular os orçamentos. As mudanças devem envolver ainda a melhoria da climatização da biblioteca e da mapoteca e a digitalização do acervo.

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