Caso Daniel: Mãe de suspeito fala de represália por filho falar ‘a verdade em seu depoimento’
Eduardo Purkote, de 18 anos, foi confirmado como sétimo suspeito de participar da morte do jogador Daniel Corrêa no último dia 27 de outubro. Edison Brittes, que confessou a autoria do assassinato, e outras testemunhas presentes na festa em que o jogador foi visto pela última vez, confirmaram a participação de um dos gêmeos no […]
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Eduardo Purkote, de 18 anos, foi confirmado como sétimo suspeito de participar da morte do jogador Daniel Corrêa no último dia 27 de outubro. Edison Brittes, que confessou a autoria do assassinato, e outras testemunhas presentes na festa em que o jogador foi visto pela última vez, confirmaram a participação de um dos gêmeos no crime.
Nesta segunda-feira (19), Eduardo prestará novo depoimento junto à Polícia Civil do Paraná para esclarecer os fatos apontados por uma das testemunhas que afirmou ser ele o responsável por quebrar o celular de Daniel e buscar a faca utilizada no crime para Edison Brittes.
Família Brittes
A mãe de Eduardo, Viviane Purkote, ao site UOL, negou a participação do filho na morte de Daniel e disse que o filho não conhecia a vítima, tampouco se relacionada com a família Brittes.
Segundo ela, os gêmeos conheceram Allana em agosto deste ano, por meio de um amigo em comum, que os convidaram para a festa da jovem, ouvindo seu nome novamente somente em outubro.
“Minha família nunca ouviu falar destas pessoas ao contrário do que cita algumas reportagens que ‘eram amigos de escola’”, afirmou Viviane.
Para a mãe de Eduardo, o rapaz foi acusado de participar do crime por represália, já que o depoimento do rapaz contradiz o dos demais suspeitos e traz ‘a verdade em seu depoimento’.
Contradição
Eduardo foi ouvido como testemunha, por estar presente na festa em que Daniel foi brutalmente atacado. Em depoimento, o rapaz negou ter ouvido gritos de Cristiana, esposa de Edison, ou ter havido arrombamento da porta do quarto que, segundo depoimento de Edison, aconteceu para defender a esposa de um estupro que sofrera por Daniel.
Viviane, mãe de Eduardo, disse ao UOL que o filho está depressivo e muito abalado. “Estou desesperada, pois do dia para a noite meu filho passou de testemunha a ‘criminoso’. Está há 3 dias preso injustamente, por testemunhos mentirosos que ainda não entendemos o motivo”, afirmou.
Segundo ela, as testemunhas que apontaram seu filho como participante do crime tentaram envolve-lo de maneiras diferentes, contradizendo as versões apontadas.
Inclusive, para ela, a indicação de Eduardo é pessoal. Em um dos depoimentos prestados por Edison, ele havia afirmado que tentou proteger Eduardo, já que ele era filho de ‘político famoso na cidade’. Entretanto, apesar de Viviane ter concorrido nas eleições de 2016 ao cargo de vereadora de São José dos Pinhais, não chegou a ser eleita.
Seu marido, pai de Eduardo, foi vice-prefeito da cidade, porém, depois do final do mandato há mais de cinco anos, se afastou da vida pública.
O caso
Daniel Corrêa, de 24 anos, foi jogador nas categorias de base do Cruzeiro, passando por vários times conhecidos, como Botafogo e São Paulo. Depois de se recuperar de algumas lesões, Daniel tentava retomar a carreira jogando pelo São Bento.
No dia 28 de outubro o corpo do meia Daniel foi encontrado em um matagal em São José dos Pinhais, no Paraná. O corpo do ex-jogador estava com ferimentos graves no pescoço e com o pênis mutilado. Com a repercussão do caso várias histórias foram contadas.
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