Durante o debate eleitoral realizado pela TV Globo nesta quinta-feira (04), a emissora concorrente, TV Record, transmitiu uma entrevista com o candidato à Presidência, Jair Bolsonaro (PSL), que não pode participar do debate por orientação médica.
A entrevista com o candidato foi divulgada pela emissora faltando quatro horas para a transmissão do debate, e aconteceu em sua casa. Segundo o instituto de pesquisa Kantar Ibope Media, para a região da grande São Paulo, onde se concentra maior número populacional, a entrevista com o candidato chegou a marcar 12,2 pontos de audiência, quase metade dos pontos alcançados pela Rede Globo, que chegou a 26.
Em outros estados como Bahia e Minas Gerais, aconteceu a mesma coisa. Enquanto o debate alcançava 27 e 21 pontos, a record conseguia chegar quase na metade, com 13 e 11 pontos nos respectivos locais.
O candidato, que tinha direito a apenas 10 segundos de propaganda eleitoral, conseguiu 27 minutos de campanha durante a entrevista, uma vez que pode falar de suas ideias e projetos, bem como atacar adversários sem interrupções ou questionamentos dos entrevistadores.
No último sábado (29), o dono da Record, Edir Macedo, divulgou em suas redes sociais apoio a Bolsonaro. Inclusive, o braço direito do bispo, Douglas Tavolaro, vice-presidente de jornalismo da emissora, acompanhou toda a entrevista na casa do candidato.
A respeito das declarações feitas por seu vice sobre o fim do 13°, Bolsonaro explicou que isto não consta em seu plano de governo, e que se aproveitaram de uma fala do candidato a vice para criar essa notícia.
“Aproveitaram uma palavra errada dele par afalar que nós queremos acabar com o 13° salário”, disse o presidenciável.
Sobre suas expectativas em caso de vitória política, o presidenciável afirmou que não será mais um capitão, e sim “um soldado do Brasil a serviço desse povo”. Disse ainda que “não é tão mal assim” e atribui seu crescimento nas pesquisas por causa das pessoas que o atacam.
Bolsonaro ainda parabenizou Palocci pela delação contra o PT, e disse que pelo ex-ministro conhecer “as entranhas do poder”, “não tem como ele fugir da verdade”.
