Temer só vai indicar substituto de Teori após escolha de novo relator da Lava Jato
Juiz Sérgio Moro também acompanhou de perto o velório
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Juiz Sérgio Moro também acompanhou de perto o velório
Durante o velório do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Teori Zavascki, que morreu na última quinta-feira (19) em um acidente aéreo em Paraty (RJ), o presidente da República, Michel Temer (PMDB) revelou que vai aguarda que a Corte indique um novo relator da Operação Lava Jato antes de indicar um substituto do magistrado.
“Só depois que houver a indicação do relator”, limitou-se a responder o presidente sobre o substituto de Teori. Temer também não quis adiantar possíveis candidatos ao cargo de ministro da mais alta Corte do país.
O regimento interno do Supremo abre a possibilidade da presidente, ministra Cármen Lúcia, decidir para qual de seus pares irá distribuir os processos referentes à Operação Lava Jato, e demais cuja relatoria estava com Zavascki.
Com a revelação de que só irá nomear um novo ministro após a decisão de redistribuição dos processos da Lava Jato, o presidente diminui a expectativa sobre o substituto de Teori, que precisa ser sabatinado no Senado Federal e ter o nome aprovado no plenário da Casa, antes da nomeação por Michel Temer.
Velório
O presidente chegou ao velório do ministro, em Porto Alegre (RS), tecendo elogios ao magistrado. “É um homem de bem. O que o Brasil precisa cada vez mais é de homens com a competência pessoal moral e profissional do ministro Teori. Que Deus conserve na memória dos brasileiros como um exemplo a ser seguido”, afirmou. .
Segundo o Jornal Folha de São Paulo, durante o velório, Temer permaneceu junto a um dos filhos de Teori, o advogado Francisco Zavascki, e de outras pessoas próximas do ministro, e antes de fazer seu pronunciamento, o presidente ficou reunido com o ministro do STF e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Gilmar Mendes.
Michel Temer, que estava acompanhado dos ministros Justiça, Alexandre de Moraes, do ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB), do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), do ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra (PMDB), do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), chegou à sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, por volta das 13h20.
Outro que também mereceu bastante atenção durante o velório foi o juiz Sérgio Moro, um dos primeiros a chegar. Ainda segundo a Folha, o juiz, responsável pelo julgamento das ações da Lava Jato, afirmou, em uma conversa reservada que, “nem tudo está perdido”, em referência à operação.
“Todos estamos desolados. É uma perda muito grande para a magistratura e a vida continua”, disse o juiz federal em seu pronunciamento.
Foto: Beto Barata/PR
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