Clima segue tenso na comunidade

A Rocinha, na Zona Sul do Rio, teve uma madrugada de aparente tranquilidade neste domingo (24), quando se completam três dias da atuação do Exército na comunidade. De acordo com as polícias Civil e Militar, não foram registradas trocas de tiros desde a noite de sábado, dia que terminou com 9 presos, 18 fuzis apreendidos, três mortos e um adolescente vítima de bala perdida.

O clima na comunidade, no entanto, segue de tenso. A polícia crê que o traficante Rogério Avelino da Silva, conhecido como Rogério 157, conseguiu voltar para o morro, onde está escondido. Ele é apontado como pivô da guerra entre criminosos iniciada há uma semana.

O sábado (23), segundo dia da operação conjunta entre as polícias do estado e as tropas federais, foi marcado por diversos tiroteios, dentro e fora da Rocinha. Uma das ações mais críticas ocorreu durante a tarde, quando criminosos que fugiam pela mata da Floresta da Tijuca entraram em confronto com policiais no Alto da Boa Vista e na Usina. Três foram mortos e quatro foram presos. Um adolescente de 13 anos levou dois tiros, mas não corre risco de morrer.

Enfraquecimento do tráfico

Desde que entraram na favela, policiais e militares causaram um prejuízo de R$ 1 milhão aos traficantes. É o que estimou o delegado Antonio Ricardo, titular da 11ª DP (Rocinha).

“Esse foi o resultado desse cerco maior, mais restrito, com mais pontos de interceptação e maior número de equipes de busca”, avaliou o secretário de Segurança Pública do estado, Roberto Sá, em coletiva de imprensa no fim da manhã de sábado.