Compra foi usada para pagar despesas de Aécio
O prédio foi comprado em 2015 pela JBS por R$ 17 milhões para pagar despesas de campanha do senador afastado Aécio Neves (PSDB). O imóvel pertencia à Ediminas, empresa que adiministrava o jornal Hoje em Dia.
Segundo o delator Joesley Batista, um dos donos da JBS, as transações para compra do imóvel foram superfaturadas. O dinheiro foi pago diretamente a Flávio Jacques Carneiro, dono da Ediminas e amigo de Aécio.
Os ex-funcionários do jornal foram até o local protestar pelo pagamento de dívidas trabalhistas, que acreditavam que seriam pagas com a penhora do imóvel. “Mas quando tentamos isso, ficamos sabendo que o prédio já havia sido vendido”, afirma Eliana Lacerda, coordenadora da ocupação do prédio.
O MST aderiu ao movimento e afirmou que a causa dos trabalhadores é justa. “É mais um ato importante para dar esclarecimento sobre a Corrupção no Brasil e em Minas Gerais”.
O jornal Hoje em Dia foi comprado pelo ex-prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz, e não funciona mais no prédio ocupado. Segundo Joesley, a J&F não tinha necessidade de comprar o imóvel, o que comprovaria que as transações tiveram motivos ocultos.
(com supervisão de Evelin Cáceres)