Governo deve liberar cerca de R$ 13 bilhões em novos gastos do orçamento

A ampliação do teto para rombo foi necessária 

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A ampliação do teto para rombo foi necessária 

O governo federal deve anunciar no começo da tarde desta sexta-feira (22) a liberação de perto de R$ 13 bilhões em novos gastos do orçamento de 2017, de acordo com fontes da equipe econômica ouvidas pela GloboNews.

A entrevista coletiva em que o Ministério do Planejamento irá anunciar o desbloqueio de despesas está prevista para acontecer às 14h30, em Brasília, quando será divulgado o relatório de receitas e despesas do orçamento.

A liberação de novos gastos só é possível porque o governo conseguiu a autorização do Congresso para mudar a meta fiscal de 2017. Antes, a meta era de déficit (resultado negativo) de R$ 139 bilhões e, agora, é de déficit de R$ 159 bilhões.

Quando a meta fiscal é de déficit, significa que as despesas do governo vão superar as receitas com impostos e contribuições. Portanto, com a mudança da meta, o teto para o rombo das contas públicas ficou maior e o governo pode, então, gastar mais.

A ampliação do teto para rombo foi necessária porque a retomada do crescimento econômico e, consequentemente, a arrecadação do governo com impostos e contribuições, ficou abaixo da esperada neste ano.

Com menos recursos que o previsto e tendo que cumprir a meta de R$ 139 bilhões, o governo amunciou aumento de tributação, como a que incide sobre os combustíveis, e corte de gastos públicos.

Atualmente, o bloqueio de gastos no orçamento de 2017 é de cerca de R$ 45 bilhões em relação aos valores aprovados pelo Congresso Nacional. A contenção de gastos tem prejudicado a prestação de alguns serviços públicos.

A liberação dos R$ 13 bilhões em novos gastos, portanto, deve trazer algum alívio, mas a despesa do governo federal ainda vai ficar abaixo da prevista, o que deve continuar a afetar, por exemplo, investimentos em programas e obras.

Previsão para o PIB

Ainda de acordo com as fontes da equipe econômica ouvidas pela GloboNews, na entrevista desta sexta o Ministério do Planejamento deve divulgar que mantém a estimativa para o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017, que é de crescimento de 0,5%.

O mercado financeiro e o Banco Central já projetam uma taxa maior de expansão da economia para este ano. Os analistas dos bancos estimam uma alta de 0,6% para o PIB de 2017 e, o Banco Central, crescimento de 0,7%.

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