Empresário está vivendo sem regalias na unidade
Após prestar depoimento na PF na tarde desta terça-feira (310, Eike Batista foi levado ao IML (Instituto Médico Legal) e então voltou ao presídio Estampa, conhecido como Bangu 9. Nesta quarta-feira (01), segundo dia do empresário na penitenciária, ele almoçou arroz, feijão, salsicha e farofa servidos na ‘quentinha’, conforme mostram imagens.
A cama do empresário é um colchão de espuma sobre uma estrutura de concreta. A cela dividida entre ele e mais dois , tem 15 metros quadrados e não existem regalias. É possível ainda ver nas imagens um travesseiro, uma bíblia, roupas, sacos plásticos e uma garrafa d’água sobre a cama de Eike.
Há ainda no local um ventilador e uma televisão, que são aparelhos permitidos no presídio. O sanitário da cela, é um buraco no chão.
Segundo o G1, uma das fotos mostra as camas dos dois companheiros de cela: Álvaro José Galliez Novis, considerado peça-chave no esquema de lavagem de dinheiro da quadrilha que, segundo os investigadores, era liderada pelo ex-governador Sérgio Cabral; e Wagner Jordão Garcia, acusado de ser um dos operadores financeiros do grupo.
Depoimento
Eike passou quatro horas no prédio da PF, na tarde desta terça-feira, e de acordo com informações o advogado nega que durante o depoimento tenha feito delação premiada. A defesa aguarda agora a decisão da justiça sobre um pedido de habeas-corpus.
Durante o depoimento do empresário, protestos eram realizados do lado de fora da sede da PF, contra o empresário. Há ainda informações que quando ele chegou ao presídio, ameaças aconteceram por parte de outros presos.
Este foi o primeiro depoimento aos procuradores e delegados da força tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro, após a prisão que aconteceu nesta segunda-feira (30), assim que Eike desembarcou de Nova York.
Ainda segundo o G1, a expectativa era de que ele revelasse mais informações sobre o esquema de corrupção no governo do Rio de Janeiro, mas, por enquanto, o advogado de Eike descartou um acordo de delação premiada.
Acusações
Eike é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro. E de ter pago propina no valor de R$ 52 milhões ao ex-governador Sérgio Cabral.