Um dos motivos é como a mudança irá afetar a saúde e educação

Uma das discussões em alta nas últimas semanas é sobre a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 241, que cria teto para gastos públicos, e as passeatas envolvendo o tema estão acontecendo com mais frequência. Ontem (17) manifestações aconteceram no Rio e São Paulo.

No centro do Rio de Janeiro, uma passeata pacífica contra a PEC, terminou em confronto com políciais militares.

Os participantes inicialmente se concentraram em frente à Câmara de Vereadores, na Cinelândia, seguiram pela Avenida Chile, com objetivo de protestar em frente aos prédios da Petrobras e do BNDES (Banco de Desenvolvimento Econômico e Social). Por volta das 19h30, um dos manifestantes jogou um rojão contra os policiais, que naquele momento apenas acompanhavam a multidão, o que provocou reação dos militares e a dispersão do grupo.

Os manifestantes voltaram a se concentrar na Cinelândia, quando um reforço da PM chegou e passou a dispersar as pessoas, jogando bombas de gás lacrimogênio. Um grupo de pessoas buscou refúgio em um bar, ao lado da Câmara, que acabou invadido pela PM. Os manifestantes e os clientes responderam jogando objetos contra os policiais, incluindo mesas e cadeiras.

Ao lado do prédio da Câmara um manifestante foi agredido pela polícia e precisou de atendimento médico, feito por voluntários da Cruz Vermelha. Uma das organizadoras do ato, presidente do Sindicato dos Docentes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Tatiana Roque, disse que um dos motivos do protesto é que a PEC vai afetar áreas como saúde e educação.

Manifestação em São Paulo seguiu pacífica (Marina Rossi/El País)Em São Paulo, manifestantes chegaram por volta das 21h30 ao prédio da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), na Avenida Brigadeiro Faria Lima, após a caminhada que começou na Avenida Paulista. O protesto contra a proposta seguiu pacífico.

Os manifestantes se reuniram desde as 18h no vão-livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo), localizado na Avenida Paulista. Às 19h30, eles ocuparam a Avenida Paulista no sentido da Rua da Consolação e pouco tempo depois iniciaram a caminhada.

O grupo desceu a Rua Augusta, sentido Jardins, entraram na Rua Estados Unidos e pegaram a Avenida Rebouças até chegar à Avenida Brigadeiro Faria Lima. O ato foi convocado pelo coletivo Democracia na Real, que se define como um movimento horizontal, apartidário, autônomo e que luta por direitos.

A assessoria de imprensa da Polícia Militar não divulgou a estimativa de participantes da manifestação.