Ministro anuncia corte no Ciência Sem Fronteiras e critica gastos com programa

Mendonça Filho disse que nem países desenvolvidos gastam tanto

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Mendonça Filho disse que nem países desenvolvidos gastam tanto

O governo do presidente interino, Michel Temer (PMDB), anunciou o fim da concessão de bolsas para o programa Ciência Sem Fronteiras, que promove o intercâmbio de acadêmicos brasileiros em instituições de ensino do exterior.

De acordo com a Folha de S. Paulo, o ministro da Educação, Mendonça Filho, afirmou que as bolsas continuarão para estudantes de pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-doutorado) e que o governo focará seus projetos de intercâmbio a secundaristas de baixa renda.

O periódico informa que o ministro considera excessivos os gastos com os alunos inscritos no programa.“Um aluno no programa custa, na média, R$ 105 mil por ano. O governo gastou no ano passado com 35 mil bolsistas o equivalente a todo o investimento em merenda escolar para cerca de 40 milhões de estudantes”, disse Mendonça.

Citado pelo jornal O Estado de S. Paulo, ele teria dito que os custos com estudantes no Ciência Sem Fronteiras“equivale a financiar um curso integral de quatro anos no Brasil, ao preço médio do que o MEC paga no ProUni ou no Fies, para três alunos”.

Em entrevista ao jornal O Globo, o ministro fez uma comparação com países altamente desenvolvidos, para justificar o corte. “Nem Finlândia, Suécia ou Dinamarca, que são países riquíssimos e muito bem resolvidos na questão de equidade, ofertariam um programa tão generoso quanto esse”, alegou.         

Mendonça também afirmou que os estudantes atualmente beneficiados pelo programa não serão afetados e que as novas propostas dependem da liberação de orçamento. O Ciência Sem Fronteiras tinha a graduação como foco, representando 79% dos inscritos.

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