Coronel assina exoneração da diretoria regional da Funai em Campo Grande

  Jornal Midiamax teve acesso ao documento

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Jornal Midiamax teve acesso ao documento

Um documento, ao qual o jornal Midiamax teve acesso, mostra a assinatura de exoneração do coronel da reserva militar, Renato Vidal Sant’anna, do cargo de coordenador da CR (Coordenação Regional) da Funai (Fundação nacional do índio) em Campo Grande. De acordo com caciques que apoiaram o movimento de ocupação da sede da Fundação na Capital, no último mês, a assinatura da exoneração aconteceu após pressão das comunidades no interior do Estado.

O documento foi assinado pelo coronel nesta tarde (12), de acordo com os índios. Uma imagem mostra o coronel ‘folheando’ a decisão, que foi enviada para o presidente interino da Funai, Agostinho do Nascimento Netto. Além da exoneração, os índios encaminham assinaturas e a indicação do nome do cacique Alberto França, para a CR e Evisclei Polidório, para substituto.

“Tendo chegado ao meu conhecimento o documento constante do anexo referente à manifestação de caciques e lideranças indígenas do MS, informo a VExa que solicito a minha exoneração/demissão do cargo para o qual fui nomeado”, conta no documento assinado.

 

 

Marcos, cacique da aldeia Cachoeirinha em Miranda – distante 203 km de Campo Grande -, afirma que “mais de 30 lideranças assinaram o pedido de exoneração”. “Na verdade essa articulação vem desde as aldeias. Ele foi nas aldeias e os caciques foram contra e segundo ele, se a gente conseguisse a maioria das assinaturas dos caciques, ele assinaria a demissão, como aconteceu. A maioria assinou. Foi marcada a reunião hoje às 14h e lá mesmo ele assinou a própria demissão”, declarou.

Os índios também afirmam que, caso a decisão não seja cumprida, irão ocupar novamente o prédio. “Nós vamos voltar pra ocupação, com ainda mais gente”, afirmou Lorival, da aldeia Buriti, em Sidrolândia, distante 70 km de Campo Grande.

O jornal Midiamax ligou diversas vezes para o coordenador, mas ele não atendeu às ligações. A reportagem também questionou a Funai sobre a assinatura da exoneração, mas até o fechamento da matéria, não obteve resposta.

 

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