Operação Arquivo X investiga desvios em plataformas de pré-sal

O ex-ministro da Fazenda, , foi preso pela PF (Polícia Federal) na 34ª fase da , denominada Arquivo X. Ele estava no Hospital Albert Einstein para acompanhar um tratamento médico da esposa. Também são alvos os executivos das empresas OSX, do empresário Eike Batista, e da Construtora Mendes Júnior.

Os federais cumprem ao todo 49 ordens judiciais, sendo 33 de busca e apreensão, oito de prisão temporária e oito de condução coercitiva. Aproximadamente 180 policiais cumprem ordens judiciais em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal.

As empresas investigadas teriam desviados recursos na construção de plataformas da Petrobras, para extração do pré-sal. A PF teria indícios de que Mantega atuou diretamente junto à direção de uma das empresas para negociar o repasse de recursos ao PT, a fim de pagar dívidas de campanha.

De acordo com o Jornal Folha de São Paulo, Eike já teria acusado Mantega de procurá-lo em busca de R$ 5 milhões para repassar ao partido da ex-presidente Dilma Rousseff, em novembro de 2012. 

Mantega foi ministro de Lula e de Dilma e ja havia sido levado coercitivamente para depôr na 7ª fase da Operação Zelotes. Na época, o objetivo da Justiça Federal era apurar suposta ligação do ex-ministro com empresa que é suspeita de comprar decisões do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), ligado ao Ministério da Fazenda.

À Folha, o advogado da Construtora Mendes Junior, destacou que a empresa estava ‘em negociação de acordo de leniência e delação premiada e foi surpreendida com a operação de hoje já que ela envolve fatos que fazem parte do escopo da colaboração'.

O periódico paulista afirma ainda que o nome ‘Arquivo X' faz referência a um dos grupos empresariais investigados, ligado a Eike, que tem como marca a letra ‘X' nos nomes das pessoas jurídicas de seu conglomerado.