TCU pode rediscutir “culpa” de Dilma no caso Pasadena

Antigo relator havia isentado a presidenta e o Conselho da Petrobras do prejuízo causado pela compra da refinaria

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Antigo relator havia isentado a presidenta e o Conselho da Petrobras do prejuízo causado pela compra da refinaria

O ministro substituto André Luís de Carvalho, do Tribunal de Contas da União (TCU), sugeriu nesta quarta-feira retomar a análise da responsabilidade do Conselho de Administração da Petrobras na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O corpo de conselheiros era presidido pela presidente Dilma Rousseff em 2006, época em que foi dado aval ao negócio.

O antigo relator do processo que investiga a compra de Pasadena, José Jorge, havia isentado Dilma e o Conselho da Petrobras do prejuízo causado pela compra de Pasadena, opinião que foi confirmada pelo plenário do tribunal. A estimativa do TCU é que o negócio entre a estatal brasileira e a Astra Oil tenha provocado um prejuízo de US$ 792 milhões.

Carvalho pediu para que o tribunal solicite gravações em áudio e vídeo da reunião do conselho e entreviste o secretariado que auxiliou na decisão. Com a aposentadoria de Jorge, o pedido vai ser analisado pelo novo relator do processo, Vital do Rêgo, ex-senador do PMDB que foi indicado para o tribunal.

A versão da presidente Dilma Rousseff é que o Conselho de Administração apenas aprovou o negócio com base em um resumo falho elaborado pelo ex-diretor Nestor Cerveró. Para o ministro autor do pedido, a decisão final foi imprudente. “É uma imprudência aprovar Pasadena com base em um resumo de duas páginas”, disse.

Vital do Rêgo disse que vai levar o pedido a plenário e que a decisão se dará dentro do prazo.

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